Plástico biodegradável feito de casca de laranja por estudantes de Brasília ganha prêmio internacional

Os Estudantes do Centro de Ensino Médio 2 do Gama, no Distrito Federal, Barbara Wingler,18 anos; Kazue Nishi, 17 anos; e Lucas Silva,19 anos, com determinação, força de vontade, oito meses de estudo e uma estufa improvisada conseguiram desenvolver um plástico biodegradável a partir de cascas da laranja.
A iniciativa surgiu em agosto de 2019, quando os estudantes do Centro de Ensino Médio 2 do Gama, no Distrito Federal, decidiram fazer alguma coisa para ajudar a minimizar os impactos do descarte irregular dos plásticos no meio ambiente.

O resultado de toda dedicação dos jovens e apoio do professor de química Alex Aragão, é uma alternativa de transformar matéria orgânica em plástico menos danoso ao meio ambiente. A invenção rendeu a oportunidade para participar da World Invention Competition and Exhibition (WICE), uma competição e exibição mundial de invenções, que ocorreu neste mês de setembro, na Malásia.

Essa iniciativa de sustentabilidade rendeu um prêmio internacional na Malásia. As estudantes Barbara Wingler e Kazue Nishi, conquistaram o 2º lugar na competição para jovens cientistas. Um orgulho para o Brasil, Brasília e a escola pública do Gama.
A matéria prima usada pelos estudantes do Gama é abundante no Brasil e o descarte das cascas deixa a desejar.Segundo o professor de química a casca de laranja tem muitos compostos orgânicos e, pode ser tóxica ao meio ambiente caso descartada de maneira incorreta.

As dificuldades e o trabalho contínuo não desanimou os estudantes. O projeto levou o 3º lugar na Feira Brasiliense de Tecnologia e Ciência, e um prêmio no Encontro de Iniciação Científica do Entorno do Distrito Federal.
De acordo com o professor, os jovens devem agora aprimorar a resistência do bioplástico feito a partir da casca de laranja para, futuramente, ser usado na produção de copos, canudos e sacolas.
O Centro de Ensino Médio 2 do Gama vem há 15 anos incentivando a produção científica por meio do Clube de Ciências Marie Curie.

“O que a gente mais enfrenta, em se tratando de pesquisas na área da ciência, é a falta estrutura e investimento. Por isso ainda é tão difícil chamar atenção de indústrias para novos produtos, novas formas de fazer. É preciso contar com divulgação e, às vezes, tirar dinheiro do próprio bolso para custear materiais”, declara o professor de química Alex Aragão.


Fotos: Ana Clara Avendaño/Esp. CB/D.A Press. Brasil