UnB estuda potencial da proteina A1AT para tratar casos graves de Covid-19

bernadetealves.com
UnB estuda potencial da proteina A1AT para tratar casos graves de Covid

A pandemia do novo coronavírus sacudiu o mundo e instigou cientistas a descobrirem como combatê-lo. O momento é tão delicado que o vírus já se adaptou em várias partes do mundo e segundo importantes estudos  feitos por renomadas universidades ele pode se tornar muito mais infeccioso.

Em função disso pesquisadores da Universidade de Brasília  avaliam o potencial da proteína alfa-1-antitripsina (A1AT) no tratamento de infectados pelo novo coronavírus. Se confirmada a eficácia, o estudo indica que pacientes podem ser medicados com produtos que já estão no mercado.

bernadetealves.com
Instituto de Biologia da Universidade de Brasília

O doutor em virologia molecular e professor do Departamento de Farmácia da UnB Enrique Roberto Argañaraz, um dos coordenadores do estudo, informa que o  tratamento é feito por meio de suplementação da substância. “A A1AT é uma proteína produzida no fígado, que tem um papel importante para inibir processos inflamatórios agudos”.

A pesquisa da UnB foi publicada na revista norte-americana Reviews in Medical Virology. O estudo foi iniciado analisando a eficácia da proteína para evitar complicações em pacientes com HIV. Após a pandemia, os especialistas perceberam que ela também poderia ser usada contra a Covid-19.

“Encontrar uma terapia que permita ao paciente lidar melhor com a infecção é muito importante”, assegura o doutor Argañaraz. Segundo o professor da UnB, artigos internacionais já analisaram a relação da proteína e o agravamento dos casos da Covid-19. “Um estudo italiano constatou incidência importante da deficiência da A1AT na região da Lombardia [na Itália], onde a letalidade da Covid-19 foi alta”, diz Enrique Argañaraz, que fez doutorado e pós-doc, na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

De acordo com o professor doutor da UnB pessoas com deficiência de A1AT têm mais riscos de desenvolver complicações causadas por doenças virais. A proteína poderia inibir, por exemplo, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), comum entre as mortes de infectados pelo novo coronavírus.

Para que a proteína seja usada no tratamento da Covid-19, no entanto, seria necessário um teste clínico em pacientes. Porém, faltam recursos para implementar uma pesquisa desse porte, segundo o especialista. No momento o estudo é feito por meio de um ensaio in vitro, em laboratório, sem uso de animais ou humanos.

A Universidade de Brasília está precisando de recursos para um laboratório de segurança, considerado o ideal para pesquisas que envolvem doenças virais. Qualquer pessoa pode ajudar, doando qualquer valor.

Fundo de Doações da UnB

Banco do Brasil S.A.
Agência: 3382-0
Conta Corrente: 7.274-5
CNPJ: 37.116.704/0001-34

Desde o início da pandemia da Covid-19, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolvem pesquisas com objetivo de auxiliar no combate à doença e suas consequências.

Vamos fazer a diferença contribuindo com a Ciência.

bernadetealves.com
UnB estuda potencial da proteína A1AT para tratar casos graves de Covid

O doutor em Virologia, Enrique Roberto Argañaraz, explica que, embora as atenções do poder público e da população estejam voltadas para a vacina, a imunização pode ser “apenas um paliativo”, ou seja, não eliminaria todos os riscos, por conta do potencial de mutação do coronavírus.

Enquanto a vacina não chega, cuide-se bem por você e pelo outro também!

Fotos: Beatriz Ferraz/ Secom UnB  e Acácio Pinheiro/Agência Brasília