Defesa da Democracia: Ditadura Nunca Mais

Há 57 anos o Brasil vivia o início de um golpe militar que censurou, fez perseguição política, torturou e matou. O regime se manteve por mais de duas décadas no Brasil deixando cicatrizes até na alma.
Vamos lembrar da data de hoje para que ela nunca mais volte a aconter no nosso país. Liberdade e Democracia é a palavra de ordem. Autoridades, clubes de futebol e vítimas da ditadura se manifestaram nas redes sociais exaltando a Democracia e repudiando a ditadura.

O ministro do STF Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, enviou uma mensagem para “as novas gerações”. No texto em defesa da democracia publicado no Twitter, o ministro diz que “ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversário e falta de liberdade”. E que “tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias”, diz Ministro Barroso.
O presidente do TSE escreveu que não havia eleições livres. Ele afirmou que o atual período democrático, iniciado após a queda da ditadura, representou maior progresso social para o país.”As regras eleitorais eram manipuladas. Ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversários e falta de liberdade. Apesar da crise dos últimos anos, o período democrático trouxe muito mais progresso social que a ditadura, com o maior aumento de IDH da América Latina”, explicou o ministro Luis Roberto Barroso.
“Os jornais eram publicados com páginas em branco ou poemas. Os compositores tinham que submeter previamente suas músicas ao departamento de censura. A novela Roque Santeiro foi proibida e o Ballet Bolshoi não pôde se apresentar no Brasil porque era propaganda comunista”, relembrou Barroso.

O deputado Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, em seu Instagram lembrou o quanto seu pai, um dos brasileiros perseguidos pela ditadura, sentiu na pele o terror da repressão. Maia conta que ele, sua irmã e mãe sofreram e lamenta o horror chamado golpe militar. “Precisamos lembrar dos 21 anos de ditadura para não esquecer que não há alternativas fora da democracia”.
O saudoso deputado Ulysses Guimarães, o presidente da Constituinte de 1988 dizia há 33 anos: “Temos ódio e nojo à ditadura”. Dr. Ulysses continua vivo com o seu compromisso com a justiça social e a democracia, por meio de suas lições e legados.
Clubes como o Corinthians, Vasco, Bahia e Remo, usaram suas redes sociais para exaltar a Democracia e repudiar a Ditadura.
O Timão publicou uma fotografia de um ato de seu time na época da “Democracia Corinthiana”, em período que aconteceu entre 1982 e 1983. Os jogadores entraram em campo com uma faixa com os dizeres: “Ganhar ou perder, mas sempre com Democracia”.
O Vasco usou trechos da música “O Bêbado e a Equilibrista”, do compositor Aldir Blanc, que perdeu a vida a Covid-19 em 2020. “A democracia deve ser sempre a nossa verdade e nunca mais uma esperança equilibrista”. O Remo pediu “mais verdade e mais democracia, no futebol e no mundo”.
Em nota pública, a Oxfam Brasil afirma que é inadmissível que setores da sociedade, do governo federal e instituições públicas celebrem o golpe militar de 1964 desprezando os princípios e valores consagrados na Constituição de 1988.
É preciso lembrar sempre do passado para jamais repetir os erros no presente.