Animais de estimação promovem bem-estar físico e mental

Ter um animal de estimação em casa, seja ele qual for, traz uma série de benefícios para a saúde física e mental segundo estudo divulgado pela Associação Americana do Coração. Os animais amam os seus donos e a companhia deles pode trazer muitos benefícios para saúde de quem cria os bichinhos, especialmente na velhice.

Dos populares cães e gatos até os mais incomuns chinchilas, furão, hamster, podem representar uma excelente oportunidade de viver mais e melhor. Segundo o IBGE os pets estão presentes em quase 140 milhões de lares brasileiros e, em muitos deles, já se tornaram verdadeiros membros da família.


O convívio com animais de estimação faz bem para a saúde como um todo. Os especialistas explicam que quando em contato com os bichos, o ser humano ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções mais instintivas. Ocorre assim a liberação das endorfinas, gerando a sensação de tranquilidade, bem-estar, e aumento da autoestima.

No Brasil desde a década de 1960 esses benefícios são comprovados pela zooterapia. Uma linha terapêutica que usa animais para ajudar no convívio e recuperação das pessoas. A zooterapia trata desde os problemas físicos, emocionais e psicológicos.

Cães, gatos, cavalos e outros bichos auxiliam no tratamento de uma série de doenças e ajudam pessoas com condições como autismo, Alzheimer e paralisia cerebral. O contato com animais é muito indicado como terapia complementar no tratamento de distúrbios psiquiátricos como: esquizofrenia, desordens de personalidade, ansiedade e depressão. Esses pacientes apresentam melhora nas estratégias de lidar com pessoas e situações e conseguem também evoluir na sua criação de vínculos. A convivência com os cavalos faz com que as pessoas desenvolvam um carinho grande pelo animal e também se sintam confiantes por conseguirem dominá-los.


E mais: o estudo da Associação Americana do Coração mostra que ter um pet, sobretudo um cachorro, ajuda a afastar problemas cardiovasculares. A pesquisa destaca que o risco de morte entre pessoas com doença cardíaca é até quatro vezes menor quando se convive com um bichinho.

Um estudo de 1980 realizado por Erika Friedmann da Universidade da Pensilvânia apontou que os donos de animais de estimação que foram hospitalizados com problemas cardíacos mostraram um ano mais tarde uma taxa de sobrevivência maior do que o grupo sem animais.

Estudo publicado na revista científica The American Journal of Gerontology, afirma que idosos donos de animais de estimação superam melhor a solidão. Adotar um cão ou um gato é, inclusive, uma atitude que muitos médicos recomendam a seus pacientes mais velhos.

Ainda de acordo com o estudo, há vários motivos para essa recomendação: ter um bichinho de estimação ajuda a manter atividades regulares, já que o animal dá uma razão para levantar da poltrona. Além disso, faz com que os idosos fiquem mais atentos à necessidade de se alimentar e alimentar seu animal e também tenham mais oportunidade de ver outras pessoas, especialmente nos momentos em que saem à rua com os bichos para passear.

Algumas pesquisas indicam ainda que o convívio com animais pode influenciar a composição da microbiota intestinal, o conjunto de micro-organismos que vive no intestino e que é importante para as defesas do corpo na prevenção de alergias.

Ajuda a superar a solidão e o luto
O biólogo inglês Rupert Sheldrake, autor do livro “Os cães sabem quando seus donos estão chegando”, estudou o afeto e o consolo que os animais podem dar ao homem. Ele descobriu que pessoas que têm cães conseguem superar melhor a perda de um ente querido.

Além de melhorar a autoestima de seus donos, os cães dão carinho e atenção, auxiliando na recuperação de quem vive o luto ou vive sozinho.
Muitos médicos têm recomendado aos seus pacientes aposentados que adotem um cão ou gato. A companhia é benéfica para ambos.