Dia Mundial de Doação de Leite Materno: doar leite é doar vida
Nesta quarta-feira, 19 de maio, é celebrado o Dia Mundial de Doação de Leite Materno, data instituída pela Lei nº 13.227/2.015, para sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de leite humano para salvar vidas, assim como, uma iniciativa a mais para a proteção e a promoção do aleitamento materno.
O leite é a primeira alimentação humana e fonte de nutrientes para as funções biológicas, sendo considerado o melhor alimento para os bebês, por ter papel muito importante na proteção imunológica contra doenças infecciosas, na adequação nutricional e no desenvolvimento afetivo e psicológico.
Evidências científicas comprovam que bebês alimentados somente com leite humano, nos primeiros seis meses de vida, e que continuam mamando até os dois anos ou mais, são mais fortes, saudáveis e inteligentes.
Os bebês prematuros e/ou com patologias que se alimentam de leite humano no período de privação da amamentação possuem mais chances de recuperação e de terem uma vida mais saudável. Com o leite materno, o bebê prematuro ganha peso mais rápido, se desenvolve com mais saúde e fica protegido de infecções.
O leite humano é um líquido complexo que contém carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, interferon), além de fatores moduladores de crescimento. Devido à sua composição nutricional balanceada, é considerado um alimento completo e suficiente, inclusive em água, para atender as necessidades nutricionais da criança durante os seis primeiros meses de vida.
A produção de leite humano obedece à lei da demanda, ou seja, quanto mais leite é sugado pelo bebê mais leite é produzido pela mãe. Muitas mulheres optam por ajudar a salvar vidas de prematuros internados de baixo peso e com patologias, principalmente do trato gastrointestinal, com o leite não consumido pelo seu bebê.
Especialistas dizem que não é necessário ter uma produção demasiada de leite para se tornar doadora e não existe quantidade mínima para a doação. É importante lembrar que um litro de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. A depender do peso do prematuro, um (1) ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que for alimentado.
Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um banco de leite humano. De acordo com a legislação RDC Nº 171, além de apresentar excesso de leite, a doadora deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente a um banco de leite humano.
O modelo brasileiro para Bancos de Leite Humano (BLH) é referência internacional e, desde 2005, o Brasil exporta técnicas de baixo custo para implementar BLHs na América Latina, Caribe Hispânico, África, Península Ibérica e outros países.
Os dez bancos de leite humano da rede pública de saúde do Distrito Federal têm classificação de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano.
Caso você conheça alguma mãe que não consiga amamentar, ajude-a a pedir orientação ao médico ou na unidade onde o bebê nasceu. Os BLHs também oferecem consultam, orientação e apoio a lactantes e podem auxiliá-las, inclusive, a retomar a amamentação, caso tenha sido interrompida.
Doação de leite materno:
É feita nas unidades de Banco de Leite do DF. A mãe doadora pode fazer o cadastro no Disque Saúde 160, opção 4, pelo site Amamenta Brasília ou pelo aplicativo disponível em IOS e Play Store.
Coleta de leite materno:
A coleta de leite humano pode ser feita em casa e doado às unidades de Banco de Leite do DF. A mãe doadora deve efetuar a coleta de acordo com a técnica ensinada no vídeo abaixo . Após terminar a coleta, fechar bem o vidro, colocar a data da primeira coleta e guardar imediatamente no congelador da geladeira ou no freezer por até 10 dias. Solicitar e agendar a coleta pelo Disque 160, opção 4. A SES/DF tem uma parceira com o Corpo de Bombeiros do DF para recolher o leite nas casas das doadoras.
Os Bancos de Leite Humano e os Postos de Coleta de Leite Humano (BLH/PCLH) têm a missão de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno; e fazer a coleta, processamento e distribuição do leite humano. Além dessas atividades, esses bancos de leite também fazem a seleção, classificação, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano pasteurizado, visando à redução da mortalidade infantil e à melhoria da qualidade de vida da população.
As ações e políticas públicas desenvolvidas em Brasília e a autossuficiência em leite materno, atrairam a atenção de outros países. Representantes de 23 países da Rede Global de Bancos de Leite Humano, estiveram em Brasília para conhecer a rede BLH-DF.
A rede do Distrito Federal é considerada a mais bem equipada do país, fato comprovado pelo último relatório da Rede Brasileira de Banco de Leite. Além disso, a terceira edição da Carta de Brasília será seguida, durante cinco anos, por 24 países, e resulta da união de esforços para a expansão e a qualificação da Rede Latino-ibero-afro-americana de Bancos de Leite Humano (rBLH).
Os Bancos de Leite ficam no Hospital Materno Infantil (2017-1608 e 99168-6696), Hospital Regional da Asa Norte (2017-1900 e 99111-5241), Hospital Regional de Ceilândia (2017-2000 e 99135-4938),Hospital Regional de Brazlândia (2017-1302 e 99280-6120, Hospital Regional de Sobradinho (2017-1204 e 99175-5765, Hospital Regional de Santa Maria (4042-7771 e 99260-6702), Hospital Regional do Paranoá (2017-1579 e 99153-5306), Hospital Regional de Planaltina (2017-1369 e 99143-5977), Hospital Regional de Taguatinga (2017-1702 e 99132-8846) e Hospital Regional do Gama (2017-1842 e 99167-2749).
Postos de Coleta: Hospital das Forças Armadas (3966-2250), Hospital Universitário de Brasília (2028-5391), São Sebastião (2017-1550 e 99164-3334), Samambaia (2017-2202 e 99174-5829).
Fotos: Agência Brasília e Saúde/DF
