Concha Acústica é reaberta em grande estilo
A Concha Acústica, palco de shows de grandes artistas do Brasil e do mundo, foi reaberta, ao entardecer do dia 19 de agosto após ser totalmente reformada pelo governo Ibaneis Rocha.
A reabertura do espaço às margens do Lago Paranoá, inaugurado em 1969, contou com concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, apresentação dos grupos de dança Orbital e o Ballet Mylene Leonardo e exibição do filme “O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum, o último filmado no Polo de Cinema e Vídeo Grande Othelo, em 2013. O longa-metragem ganhou sete prêmios na Mostra Brasília do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
O palco consagrado de grandes nomes da música e da arte ressurge com uma programação que envolve cinema, dança, oficinas e apresentações musicais gratuitas. A Concha Acústica não recebia programação desde o fim de 2019 por conta da pandemia.
O governador Ibaneis Rocha, ao lado da primeira-dama Mayara Noronha Rocha e acompanhado do vice-governador Paco Britto e o secretário de Cultura Bartolomeu Rodrigues, prestigiou parte da programação junto com convidados. “Reabrimos o Museu de Brasília, que estava fechado havia 14 anos e agora a Concha Acústica. Estamos trabalhando para estabelecer todos os ambientes culturais do Distrito Federal, abrindo aqueles que estão fechados também”, declarou o chefe do Executivo local.
A reforma, segundo o secretário Bartolomeu Rodrigues, foi para manutenção da estrutura, no valor de R$ 422 mil, dentro do projeto “Complexo Cultural Beira Lago”, por meio de uma parceria com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Amigos do Futuro.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, ressaltou a importância da Concha Acústica não só para os moradores da capital, mas também para os artistas. “É um patrimônio, está no coração da população do Distrito Federal. É a perspectiva de todo artista que sonha em se apresentar aqui. Hoje, o espaço está preparado para receber grandes espetáculos”, salientou.
O maestro Claudio Cohen pode reviver os tempos áureos nos anos 1980. “É uma grande emoção para a Orquestra retornar ao palco da Concha Acústica e recordarmos as apresentações sob a direção do maestro Claudio Santoro. Eram concertos que reuniam milhares de pessoas para ouvir música clássica”.
A Concha Acústica, projetada por Oscar Niemeyer, tem um espaço de 29.750 metros quadrados, com área construída de 8.435 metros quadrados dedicados às apresentações artísticas ao ar livre. Nos 42 metros de comprimento e 5 metros de altura na parte mais elevada, tem dependências para bilheteria, camarins, banheiros, além de estacionamento público.
O espaço cultural oferece 200 bancos de concreto e tem capacidade para abrigar até 5 mil pessoas. A estrutura é composta por três projeções de formas retangulares e uma plataforma de configuração trapezoidal, com um setor circular côncavo. Durante a década de 1970, a Concha Acústica foi pouco utilizada para eventos artísticos. Parou de funcionar em 2001 e em setembro de 2003 foi reformada e reaberta. Em 2019, foi fechada devido a pandemia do novo coronavírus e o GDF aproveitou para revitalizá-la.
A Concha Acústica é administrada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), e segundo o secretário Bartolomeu Rodrigues, a reforma está dentro do projeto “Complexo Cultural Beira Lago”, por meio de uma parceria com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Amigos do Futuro.
O GDF revitalizou o piso e os alambrados, fez reparos elétricos e hidráulicos, instalou refletores, substituiu os vidros e limpou e pintou todo o espaço. O investimento foi de cerca de R$ 500 mil e gerou mais de 200 oportunidades de emprego.
Fotos: Renato Alves/Agência Brasília
