Maravilha do mundo mundo moderno, Cristo Redentor completa 90 anos de acolhimento e fé

Eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor completa 90 anos como a imagem mais famosa do Brasil. Em 1926, começou a construção do monumento de 38 metros de altura no alto do Morro do Corcovado, a 710 metros do nível do mar.
O Cristo sem a Cruz e de braços abertos, a todos acolhendo, é a apoteose da Vida, do Deus que se faz homem e, alheio à morte, ao sofrimento e à crucificação, convida todos a um afetuoso abraço.Um símbolo nacional à altura da devoção e da grandeza do Brasil.

Mais do que cartão-postal do Rio de Janeiro e uma das “ Sete Maravilhas do Mundo”, o Cristo Redentor simboliza a capacidade auto-afirmativa do Brasil no processo civilizatório.
O dia do aniversário começou às 7h15, com o Ato Cívico Religioso e a Santa Missa em Ação de Graças pelos 90 Anos do Cristo Redentor e em honra a Nossa Senhora Aparecida. O evento contou com a presença de autoridades públicas e religiosas, o lançamento de Medalha Comemorativa dos 90 Anos do Cristo Redentor e do Bloco Postal Especial em Homenagem ao Monumento do Cristo Redentor.

A Banda do Corpo de Fuzileiros Navais participou da solenidade assim como a Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira.
No dia 11, uma missa realizada pelos padres Jorjão, Marcelo Rossi e Omar, marcou o começo das celebrações dos 90 anos do símbolo de religiosidade e empatia.
O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, destacou que o monumento é o “garoto propaganda” do país.” É impossível pensar o Brasil no exterior sem que a gente reporte o nosso olhar e a nossa lembrança para esse precioso monumento no alto do Corcovado”. “O Cristo Redentor nos passa a sensação de que parece que foi esculpido na colina da montanha do Corcovado. Isso é tão maravilhoso. Imaginem o que seria do Rio de Janeiro se não fosse o Cristo Redentor?”


A estátua interage com a natureza ao redor, o Parque Nacional da Tijuca, e traz uma experiência a partir dos braços abertos. “Esses braços comunicam acolhimento e identificam ainda mais o coração do povo brasileiro, que é um coração acolhedor, que também possui braços fortes para trabalho, cheio de energia pra gente poder desenvolver essa nação tão querida”, diz o padre.


O bloco vertical de concreto armado que dá forma ao corpo de Jesus é muito parecido com um prédio. No caso do Redentor, são 13 “andares”, formados por lajes vazadas. “Diagonais” entre elas ajudam a reforçar a estrutura.
Para o aniversário de 90 anos, foram feitos reparos emergenciais em partes que haviam sido danificadas pelas intempéries: trechos do manto, dedo direito e parte frontal da cabeça. Além disso, como parte da manutenção preventiva, o Cristo ganhou um equipamento para medir os ventos que atingem a estátua e também um para-raios reforçado.

O projeto audacioso feito de concreto armado e pedra sabão foi financiado por doações da população brasileira. Em 1921, nos preparativos para as comemorações do centenário da Independência do Brasil, um grupo católico promoveu concurso para uma estátua em homenagem a Jesus Cristo. O vencedor foi o arquiteto e engenheiro Heitor da Silva Costa, que liderou o projeto, da concepção até a inauguração da obra, em 12 de outubro de 1931.

Ir ao Rio de Janeiro sem visitar o Cristo Redentor é como ir a Roma e não ver o papa. O símbolo maior do Rio, cartão-postal do país, Patrimônio da Humanidade e uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, já foi visitado pelo papa João Paulo II, o líder espiritual Dalai Lama, a princesa Diana e príncipe Charles e o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com sua família, dentre incontáveis turistas.

Para festejar tão importante símbolo de fé a Casa da Moeda lançou, no dia 12, uma medalha, exclusiva e limitada, em homenagem aos 90 anos do Cristo Redentor. Foram produzidas apenas 2.590 peças comemorativas: 90 em ouro, 200 em prata, 300 em bronze e 2.000 em cuproníquel, uma liga metálica de cobre e níquel.
A cerimônia de quebra do par de cunhos da nova medalha, aconteceu na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, com a presença do arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Dom Orani João Tempesta, e o presidente da Casa da Moeda do Brasil, Hugo Cavalcante Nogueira.

A Casa da Moeda do Brasil lançou o Projeto Tran$forma para solucionar o problema de descarte de cédulas, transformando papel-moeda em mobiliário, artigos de decoração e peças em diversas utilidades, como o Cristo Tra$forma, um dos itens da ação.Todas são licenciadas pelo Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.
As pessoas que adquirem a medalha em prata levarão para casa a “Case Tran$forma”, uma embalagem produzida com cédulas que seriam descartadas. A iniciativa da Casa da Moeda do Brasil é realizada em parceria com a Equipa Group.

O conjunto de selos, produzido em parceria com os Correios, é composto por quatro obras originais do artista brasileiro Oskar Metsavaht. As imagens mostram o rosto do Cristo formado por milhares de pequenos triângulos de pedra-sabão.
Fotos: Divulgação e Casa da Moeda