Alfabetização: pilar para desenvolvimento pleno e construção de um futuro mais igualitário

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Alfabetização: pilar para uma educação construtiva

O Dia Nacional da Alfabetização, celebrado neste 14 de novembro, foi criado com a finalidade de reforçar a importância da alfabetização e educação para o progresso socioeconômico do país.


A alfabetização é o pilar para uma educação construtiva, possibilitando o desenvolvimento da leitura, escrita, comunicação, pensamento crítico e desenvolvimento pessoal e profissional. É um direito de todos e não privilégios.


“Quem tem pouco ou quase nada, merece que a escola lhe abra horizontes”, como prega a psicóloga e pedagoga argentina, Emilia Beatriz María Ferreiro Schavi, a estudiosa que revolucionou a alfabetização e se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro.


O direito à alfabetização impacta positivamente na aprendizagem durante o decorrer de toda a trajetória educacional. Quando a pessoa escreve, aprende a organizar e a refletir sobre suas ideias claramente. Aprender a ler e escrever é, acima de qualquer coisa, uma oportunidade para se sentir um pouco mais cidadã.


Pessoas que têm um nível insuficiente de alfabetização ficam à margem da sociedade, possuem menos oportunidades, profissionais ou pessoais e não têm acesso aos seus direitos. O analfabetismo exclui uma parcela da população do acesso às informações mais básicas.

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Alfabetização – pilar para desenvolvimento pleno e construção de um futuro mais igualitário

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) Contínua Educação, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2020 o Brasil tinha 11 milhões de pessoas que, segundo definição do instituto, “não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete”.


A pesquisa também revela desigualdades raciais e regionais no país: entre negros e pardos, a taxa de analfabetismo é de 27,1% – quase o triplo do percentual de brancos (9,5%). O Nordeste foi a região que registrou o maior índice, de 13,9%, quatro vezes mais que a taxa observada nas regiões Sul e Sudeste (3,3%).

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Pessoas que têm um nível insuficiente de alfabetização ficam à margem da sociedade


Analfabetismo no DF


Os últimos dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, da Codeplan, mostram que 24,96% das pessoas analfabetas no DF têm mais de 60 anos. Quase a metade (47,50%) é de pessoas com menos de 18 anos.


O levantamento também aponta que o analfabetismo é um problema, sobretudo, social: 42,03% dos analfabetos moravam em regiões administrativas consideradas de baixa renda: Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, Estrutural e Varjão.


Estudos internacionais mostram que as competências socioemocionais fazem diferença na aprendizagem e na vida do adulto.

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Alfabetização é o pilar para uma educação construtiva e cidadã

Para mudarmos esta situação é preciso investir no professor alfabetizador também para jovens e adultos e não só crianças na idade certa.


Nas palavras de Paulo Freire: “A alfabetização é mais, muito mais, que saber ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo”.


Sou uma privilegiada de ter sido alfabetizada pelo professor Alexandre Valdomero Silva, meu pai, no interior do Rio Grande do Sul. Ele me ensinou a ler o mundo e a repassar meus conhecimentos. Sua contribuição para o desenvolvimento pleno das crianças e alfabetização de adultos, é seguida por filhos e netos. Deus me deu a graça de ter um filho professor, Guilherme Di Angellis, dois irmãos Vanderlei Terezinha e Ezio Jocelito e duas sobrinhas Raquel Minuzzi e Betine Kuster, que se dedicam na construção de um mundo mais igualitário.

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Alfabetização – um pilar fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças

Nossos agradecimentos a todos os professores alfabetizadores, instrumentos de liberdade e autonomia para as pessoas.


Fotos: Reprodução