Cometa Leonard cruza céu de Brasília na noite de Natal

O astro, também conhecido como “cometa de Natal”, foi descoberto em janeiro deste ano, quando estava entre Marte e Júpiter, e cientistas da Nasa traçaram a órbita que ele está seguindo em direção ao Sol.
Batizado de C/2021 A1, o cometa foi descoberto por Gregory J. Leonard, que deu origem ao nome do astro. Ele pode ser visto a olho nu em países da América Latina, de acordo com as condições meteorológicas. As observações e análises do astro mostraram aos cientistas que se tratava de um cometa com um longo período de órbita, de cerca de 80 mil anos.
Apesar de um pouco mais distante da Terra a cada dia, o astro tem ganhado brilho cada vez que se aproxima do Sol. A depender da localização do observador e as condições meteorológicas, pode ser visto a olho nu ou com a ajuda de um binóculo.
Leonard iluminou o céu de Brasília na noite de sexta-feira, dia 24, véspera do Natal. O astro foi registrado por volta das 20h30, em Águas Claras, pelo astrofotógrafo Leo Caldas que compartilhou o ‘presente de Natal’ com os seus seguidores.
Para conseguir o registro, o astrofotógrafo descreve que sobrepôs 150 imagens. “É um presente na noite de Natal! Finalmente o céu limpou em Brasília, e eu consegui registrar o belo cometa C/2021 A1 (Leonard)”, escreveu Leo Caldas em uma rede social.
“O cometa estava bem baixo no horizonte, e a poluição luminosa atrapalhou bastante, mas, continuando com céu aberto, quem sabe, nos próximos dias, novos registros acontecerão”, disse Leo Caldas em seu Instagram.
O cometa Leonard está a quase 35 milhões de quilômetros de distância da Terra e atingiu o ponto máximo de visibilidade no hemisfério Sul na segunda quinzena de dezembro, segundo a Nasa, a Agência Espacial Americana.
O cometa Leonard foi clicado próximo do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro pelo fotógrafo Marcello Cavalcanti.
Depois de atingir seu periélio, o ponto mais próximo do Sol em sua órbita, Leonard retornará às profundezas do espaço em uma jornada de milhares de anos.
Fotos: Nasa, Leo Caldas/Arquivo pessoal e Marcello Cavalcanti.