‘Jerusalém, a Cidade da Fé’, em exposição na Catedral Metropolitana de Brasília

Exposição com 20 fotos de lugares históricos de Jerusalém pode ser visitada, na Catedral Metropolitana de Brasília. A mostra “Jerusalém, a Cidade da Fé” vai até o dia 16 de janeiro de 2022, com entrada gratuita.

O embaixador de Israel, Daniel Zonshine destacou a parceria com a Arquidiocese em Brasília, que resultou na exposição no Brasil. Para ele, a Catedral de Brasília é um símbolo da modernidade da cidade e também da espiritualidade da capital. “Agora trouxemos um pedaço de Jerusalém para o Brasil, para que todos tenham acesso à terra santa, à cidade da fé”, declarou o diplomata.

O que faz de Jerusalém uma cidade tão sagrada e disputada
Árabes e judeus travam uma intensa disputa desde o começo do século 20 para transformar Jerusalém em capital da Palestina e de Israel, respectivamente. Mas esse conflito, que faz do Oriente Médio um centro permanente de tensão, é apenas mais um capítulo de uma história que mescla confrontos por território e heranças sagradas há milênios.
Jerusalém já foi ocupada, destruída, sitiada, atacada e capturada muitas vezes por diferentes povos, entre eles egípcios, babilônios, romanos, árabes e judeus em cerca de três mil anos de história. Também foi santificada por cristãos, judeus e muçulmanos, que veem na cidade o berço dessas religiões.

Mas como essa cidade de 150 quilômetros quadrados, área pouco menor que a de Natal, capital do Rio Grande do Norte, tornou-se a mais sagrada e disputada do mundo por tantos milênios?
Jerusalém foi erguida no alto do Monte Moriah. Para os cristãos, esse foi o palco da paixão de Cristo, onde Jesus foi crucificado, morto e sepultado. Para os muçulmanos, é o lugar onde o profeta Maomé ascendeu aos céus. Já segundo a tradição judaica, a cidade fundada pelo rei Davi é o local onde foi construído um templo guardar a Arca da Aliança, onde estariam as tábuas dos Dez Mandamentos.


Por isso, até hoje Jerusalém atrai peregrinos de diferentes religiões em busca de lugares sagrados.
Na Cidade Velha, por exemplo, é possível visitar locais como:

As 14 estações pelas quais se acredita que Jesus passou carregando a cruz até Igreja do Santo Sepulcro; visitar a mesquita de Al-Aqsa e se deslumbrar com a Cúpula da Rocha; e, ainda, depositar votos de fé no Muro das Lamentações, um pedacinho do Templo de Jerusalém erguido por Herodes e cercado por sinagogas.
Parte das disputas na região está relacionada à crença de fiéis de que seus antepassados chegaram primeiro à região onde hoje fica Jerusalém ou mesmo de que a ligação com a cidade é mais legítima.

Apesar de haver indícios de que o local já era habitado em 3200 a.C., ninguém sabe ao certo quem foram os primeiros a ocupá-lo.
A história de conflitos na região envolveu, no fim do século 7a.C. egípcios e assírios e, em séculos seguintes, babilônios e persas, gregos, romanos, turcos e otomanos.
Fotos: Embaixada de Israel/ Divulgação, Mahmoud Illean/AP Photo e Thomas Coex/AFP