Dia da Gula: como comer bem sem culpa e riscos alimentares

Comer é um ato de amor que proporciona momentos especiais e cria memórias. Mas não dá para falar em comida sem lembrar dos doces e guloseimas, pizzas, hambúrguer, tortas, churrasco, lasanha e por ai vai.
A compulsão alimentar é a mãe da gula, considerada um pecado para alguns. Para outros, é puro prazer. Pela menos uma vez na vida, todo mundo já teve o olho maior que a barriga e caiu na tentação de um dos sete pecados capitais: a gula. Tão famosa, a famigerada até ganhou um dia pra chamar de seu no calendário – 26 de janeiro.
Segundo especialistas os ‘gulosos’ devem ficar atentos aos exageros alimentares que podem prejudicar diretamente o nosso corpo.
Quais os sintomas da gula?


Para identificar se a pessoa tem sintomas de gula ou compulsão alimentar, deve-se observar se ela come muito rápido até se sentir mal; come durante todo o dia; se alimenta para acalmar o estresse; come e tem a sensação de arrependimento.
Se exceder na quantidade de comida e de bebida pode provocar um prazer enorme, mas, por outro lado, traz consequências não tão agradáveis à saúde e bem- estar do nosso corpo, como o sobrepeso e até a obesidade.
O deleite, no entanto, exige atenção.

Mas por que será que é tão difícil dizer não às tentações gastronômicas da geladeira, das padarias, restaurantes, supermercados e das ruas? O deleite, no entanto, exige atenção. No começo a gente se empolga muito, mas quando vê, a roupa não cabe mais. Para ficar de bem com a balança, a dica de especialistas é comer coisas leves durante o dia se for comer algo calórico à noite e vice-versa. No dia seguinte fazer uma boa caminhada e tomar água além do normal.
A nutróloga Paula Cabral, da Clínica Hagla, no Rio de Janeiro, diz que a gula é considerada um distúrbio alimentar, que se caracteriza pelo uso da comida como compensação por algo que não está indo bem em outras áreas da vida. De origem emocional, ela desencadeada, principalmente por decepções. “É como se a pessoa descontasse a sua frustração nos alimentos”, explica a nutróloga.

“Quando comemos, nosso cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer. Ao olhar o alimento, ficamos com vontade de degustá-lo, porque nosso cérebro lembra-se do prazer que sentimos quando esta comida é consumida e aparece a vontade de comer determinado prato”, explica Paula Cabral, da Clínica Hagla.
Todo mundo já teve um momento de exagero na vida. Seja em uma reunião com os amigos, com a família ou simplesmente sozinho, a vontade de cometer pequenos abusos alimentares não escolhe hora e nem lugar.

Mas cuidado. Todo exagero tem consequências. Comer alimentos calóricos, gordurosos e cheios de açúcar, não é uma prática recomendada pelos nutrólogos. O corpo precisa de nutrientes ao longo do dia e, ficar sem eles, é perigoso.
O lado negro da comilança é que ela pode se transformar facilmente em um transtorno e provocar doenças, alterando o funcionamento físico e mental de nosso organismo. Só que muitas vezes a pessoa demora a se dar conta que a gula está fazendo mal.
Seus efeitos mais graves são: obesidade, anorexia e bulimia e provocar mais frustração e tristeza.

A dica da especialista é: Reeduque seu cérebro, para trabalhar a compulsão pela comida. Antes de descontar as suas frustrações na comida, procure repensar suas atitudes e tente achar a origem do problema, assim, verá que comer demais não é a solução.
Nada substitui uma alimentação saudável.
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