Flamengo vence Corinthians nos pênaltis e conquista a Copa do Brasil

Equipe rubro-negra venceu o Corinthians, na quarta-feira, 19 de outubro, nas penalidades máximas, e se sagrou campeã da Copa do Brasil no estádio do Maracanã. Anteriormente, os cariocas conquistaram a competição nas edições de 1990, 2006 e 2013.
O Cruzeiro é o maior campeão da Copa do Brasil com seis triunfos. O Grêmio vem em seguida, com cinco. O Palmeiras chegou a quatro títulos em 2020. Corinthians, permanece com três. O Atlético-MG, tem dois.
- Cruzeiro: 6 (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018)
- Grêmio: 5 (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
- Flamengo: 4 (1990, 2006, 2013 e 2022)
- Palmeiras: 4 (1998, 2012, 2015 e 2020)
- Corinthians: 3 (1995, 2002 e 2009)
- Atlético-MG: 2 (2014 e 2021)
Outros dez Clubes venceram apenas uma vez: Criciúma; Internacional; Juventude; Santo André; Paulista; Fluminense; Sport; Santos; Vasco; e Athletico Paranaense.

A conquista do 4º troféu da Copa do Brasil foi sofrida, mas valeu a pena para o bolso. O Flamengo já definiu o que fazer com boa parte da premiação da Copa do Brasil: dividirá com elenco, comissão técnica e funcionários. O clube pagará cerca de R$ 35 milhões como recompensa pelo quarto título da competição que rendeu R$ 76,8 milhões aos cofres rubro-negros.

Com a conquista da Copa do Brasil sobre o Corinthians nos pênaltis, o Flamengo se isolou ainda mais na lista dos times brasileiros com mais títulos desde 2001. O time rubro-negro soma agora 22 títulos entre competições estaduais, regionais, nacionais e internacionais. O top-4 é composto ainda por Corinthians, Cruzeiro e Internacional. Todos com 18 títulos.
Um dos grandes responsáveis pela conquista rubro-negra foi o técnico Dorival Júnior.

O atual técnico do Flamengo teve sua primeira passagem pelo clube em 2012, que durou cerca de um ano. Dorival dirigiu o time em 36 jogos, somando 15 vitórias, 11 empates e dez derrotas. O aproveitamento foi de 51,8%. Já a segunda vez que o comandante esteve à frente da equipe rubro-negra foi há quatro anos, em 2018. Na ocasião, o treinador dirigiu o Fla em apenas 12 partidas, acumulando sete triunfos, três empates e dois revés, obtendo rendimento de 66,7%.
“A minha irmã até me mandou mensagem, que há dois anos e meio eu estava na casa dela em Florianópolis e falei que voltaria um dia ao Flamengo para conquistar alguma coisa. Eu tinha uma certeza comigo, não sabia que seria esse ano e, de repente, apareceu a oportunidade. Não pensei duas vezes, pela primeira vez na minha carreira ouvi meu coração”, declarou o treinador.

“Não era uma situação fácil, as pessoas começavam a não verem soluções e começamos a fortalecer o ambiente quando chegamos, respaldados pela diretoria e todos no centro de treinamento. Começamos a fazer alterações internas e tentar propor soluções que foram aceitas pelos jogadores. Sentimos que a equipe começou a melhorar, a jogar de uma maneira que satisfazia a todos do grupo, com todos participando ativamente. Esse ambiente fortaleceu o grupo e, quando vencemos o Atlético-MG, falei a eles que chegaríamos à final”, decretou Dorival.
Dorival Júnior tem outro desafio para, quem sabe, sagrar-se campeão de mais um torneio pelo Flamengo. Daqui a nove dias, a equipe rubro-negra tem compromisso contra o Athletico-PR, pela final da Libertadores, no dia 29 de outubro (sábado). A disputa do torneio continental tem início às 17h (horário de Brasília), no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, no Equador.

O treinador tem contrato com o Rubro-Negro até dezembro deste ano, e não há informações sobre possível renovação. Independente disso, o comandante de 60 anos declarou que está conseguindo concretizar o que desejava algum tempo atrás.
O goleiro Santos falou sobre a gana do elenco rubro-negro em conquistar o torneio eliminatório.

“A Copa do Brasil era um título que faltava para a grande maioria desse elenco que foi formado durante alguns anos e que vem ganhando todas as competições. Esse era o que faltava, então, a gana, a vontade e a determinação para ganhar era nítida. Muitos jogadores não tinham ganho essa competição. Acredito que só três: eu, Léo (Pereira) e o Arrasca que tinham conquistado a Copa do Brasil. Muitos caras supercampeões não tinham conseguido e hoje a gente poder comemorar junto é bem bacana, é especial”, disse o goleiro, em entrevista concedida na zona mista.
Fotos: Andre Durão e Gilvan de Souza