Queijo: alimento milenar apreciado em todo mundo, tem uma data para chamar de sua
Celebramos neste 20 de janeiro o Dia Mundial do Queijo, alimento milenar apreciado pelos mais exigentes paladares.
O queijo feito do leite de vaca, cabra e búfala, tanto no Brasil quanto no exterior, faz parte da alimentação da maioria das pessoas por ser variado e versátil. Para muitos de nós o aroma, sabor e cremosidade do queijo é tentador. Achar quem não gosta de queijo é tarefa difícil.
Cremoso, derretido, duro, fresco, cottage ou ricota, são deliciosos puros, com pão, torradas, com mel ou na elaboração das refeições. Além do mais fazem bem para a saúde.
Estudos comprovam que o queijo é uma ótima fonte de proteína, cálcio, vitamina B12 e nutrientes. Também possui probióticos, que são bactérias boas que ajudam a regular a flora intestinal, combatendo problemas como a prisão de ventre, excesso de gases ou diarreia.
Por ser rico em proteínas ajuda a aumentar a sensação de saciedade, uma vez que este tipo de alimento demora mais tempo para passar do estômago para o intestino, reduzindo o apetite.
Para quem possui intolerância a lactose e gosta de queijo, a dica é optar por queijos mais amarelos e envelhecidos como o parmesão. Este tipo possui pouca lactose e pode ser uma ótima fonte de cálcio especialmente.
Quem quer manter a balança em dia a recomendação é consumir os mais claros como queijo fresco, cottage ou ricota, pois possuem menos concentração de gordura.
Novos estudos indicam que o butirato, uma substância que se forma no intestino após a fermentação do queijo, é essencial para o bom funcionamento das células intestinais. Quando o intestino se encontra saudável, também é capaz de produzir mais butirato e, quantidades elevadas dessa substância, ajudam a diminuir os níveis elevados de colesterol ruim, pode aumentar o metabolismo e, por isso, facilita a queima de gordura corporal.
Assim, ao reduzir os níveis de colesterol, o queijo também é uma ótima forma de proteger o coração e todo o sistema cardiovascular de complicações graves como pressão alta, insuficiência cardíaca ou infarto.
Fazer uma dieta com a quantidade correta de cálcio ajuda a manter os ossos saudáveis e fortes, evitando problemas como a osteoporose. Como todos os produtos derivados do leite, o queijo possui bastante cálcio e ajuda nessa função.
Além de ser rico em cálcio, o queijo também protege contra a erosão de ácidos presentes em alimentos como o chá, café, vinho ou refrigerantes. Esta substância também diminui o pH do intestino, diminuindo as chances de surgirem alterações malignas nas células.
O livro ‘Eating in Color’ de Frances Largeman-Roth, diz que os queijos, na grande maioria, são muito bons para a saúde e recomenda evitar os muitíssimos processados.“Queijos mais amarelos possuem uma maior quantidade de gordura saturada e colesterol, porém, essa não é uma regra. O queijo gorgonzola, brie e o roquefort, por exemplo, apesar de não serem tão amarelos, também são ricos em gordura e colesterol”.
Pesquisas indicam que essa iguaria surgiu no início da civilização e chega a se confundir com a história dos animais domésticos há mais de 8.000 anos a.C, num período que o homem fazia a transição de caçador para criador de animais.
Com a domesticação de bovinos, ovinos e caprinos, surgia também a necessidade de conservar todo o leite produzido e, assim, nascia esse alimento milenar tão apreciado em todo o mundo.
Estima-se que existam mais de 10 mil tipos de queijos, pois cada país ou mesmo cada local tem um queijo especial e suas peculiaridades.
O Brasil tem ganhado destaque no mundo queijeiro. No final de 2022 aconteceu uma das principais premiações mundiais de queijos, a World Cheese Awards, no País de Gales, e o Brasil estava presente com 15 queijos que conquistaram medalhas de bronze, prata, ouro e até super ouro.
O grande campeão, pela quarta vez, foi o queijo Le Gruyère AOP, feito de leite não pasteurizado que leva o nome da denominação de origem suíço Gruyère.
Os destaques ficaram com o queijo Lua Cheia, do Serra das Antas, de Bueno Brandão (MG), que conquistou a medalha super ouro. Cremoso e coberto com uma fina camada de carvão vegetal é maturado por três semanas.
E também com outro brasileiro que ganhou super ouro: queijo Morro Azul, da Pomerode Alimentos, produzido em Pomerode (SC), feito com leite de vaca e mofo branco. Além dele, o Vale do Testo, de maturação de seis meses, ficou com prata, e o Brebis de Pomerode, queijo de leite de ovelha, também com a prata.
Outros premiados
- Tulha – Fazenda Atalaia, medalha de ouro
- Queijo Azul da Mantiqueira – Laticinios Paiolzinho, medalha de ouro
- Lendário da Generosa – Fazenda Generosa, medalha de prata
- Tulha da Toca – Fazenda Atalaia, medalha de prata
- Queijo Tipo Quark – Laticínios São João, medalha de prata
- Vale do Testo 6 Meses – Pomerode Alimentos, medalha de prata
- Brebis de Pomerode – Pomerode Alimentos, medalha de prata
- Tipo Gorgonzola Dolce – Serra das Antas, medalha de prata
- Queijo Tipo Burrata Búfala Almeida Prado – Laticinio Bufala Almeida Prado, medalha de prata
- Queijo Capim Mantiqueira – Laticinios Paiolzinho, medalha de bronze
- Tulha Regente – Fazenda Atalaia, medalha de bronze
- Caprinus – Fazenda Atalaia, medalha de bronze
- Bueno, tipo Comté – Serra das Antas, medalha de bronze
Fotos: Reprodução
