Palácio da Alvorada: 65 anos cintilando a esperança do amanhecer ao pôr do sol
O Palácio da Alvorada, primeiro prédio público da capital brasileira, completa neste 30 de junho 65 anos cintilando a esperança do amanhecer ao pôr do sol.
A casa de presidentes brasileiros e suas famílias, é fruto da genialidade do arquiteto Oscar Niemeyer, cuja construção iniciou em 1957, ficou pronto dois anos antes de Brasília ser inaugurada. O Alvorada é considerado por especialistas um “palácio diferente”, singular e plural ao mesmo tempo.
O belo lugar é reconhecido por pesquisadores por características culturais da brasilidade. O cartão de visitas do Alvorada é um painel dourado criado pelo artista plástico Athos Bulcão que guarda os sonhos de JK com letras em relevo.
“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”, escreveu o presidente Juscelino Kubitschek.
O Palácio da Alvorada encanta tanto por fora quando quem visita por dentro. É um digno representante da arquitetura moderna e patrimônio mundial da humanidade.
Arquitetura e características
A primeira proposta apresentada foi recusada pelo então presidente, JK, com a justificativa de que não era tão monumental quanto gostaria. As colunas curvas na área externa lembram as redes colocadas ao redor de casas coloniais. Esse formato deu origem ao símbolo que hoje compõe o brasão do Distrito Federal.
A obra de 7.000m² ficou a cargo da Construtora Rabello, sob o comando dos engenheiros Joaquim Cardozo e Darcy Amora Pinto. Foi a primeira obra de alvenaria a ficar pronta em Brasília, a nova capital, com o objetivo de modernizar e interiorizar o país, projeto pioneiro do governo de Juscelino Kubitscheck.
O Palácio da Alvorada tem três pisos: subsolo, térreo e segundo andar. Em volta, há espelhos d’água que refletem o edifício, dando mais amplitude à construção em formato horizontal revestida de mármore e com cortinas de vidro. Dentro, há diversas obras de arte que representam a brasilidade e cultura brasileira.
Curiosidades
As emas foram colocadas lá na época de sua construção e até hoje habitam os jardins, que também tem um lago com peixes.
No subsolo há um auditório para 30 pessoas, sala de jogos, almoxarifado, despensa, cozinha, lavanderia e a administração do palácio.
No térreo existem salões para compromissos oficiais de governo.
Só no segundo andar é que se constitui a parte residencial do palácio, com quatro suítes.
O jardim do palácio contém árvores típicas da flora brasileira, como o pau-brasil, que deu origem ao nome do país.
Fotos: Ichiro Guerra/PR e Reprodução e Arquivo Nacional
