Chuvas torrenciais deixam rastro de destruição na capital do país com alagamentos na UnB 

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Chuvas fortes causam estragos em Brasília e alagam UnB

A tempestade que caiu na noite de 9 de fevereiro deixou rastros de destruição na capital do país, principalmente no Plano Piloto. A forte chuva assustou quem passava por vias da área central de Brasília. As ruas tomadas pela água, carros quase submersos e garagens inundadas assustaram os brasilienses.

A topografia da região e a deficiência de drenagem de águas da Asa Norte, são velhas conhecidas da comunidade.  Segundo Corpo de Bombeiros, foram registrados 31 pontos de alagamentos, quedas de árvores e falta de energia. Sem falar que  depois da água descer, cerca de 20 cm de lama ficaram nos locais atingidos.

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Chuvas torrenciais deixam rastro de destruição na UnB 

Os maiores estragos aconteceram principalmente na Asa Norte, como o alagamento da Universidade de Brasília. O Instituto de Ciências Central (ICC), o Instituto de Física, e o auditório do departamento de Engenharia Florestal, foram tomados pela água.  Imagens mostram os estragos gerados pela chuva dentro do espaço universitário, causando alagamentos no subsolo do local e até mesmo em espaços utilizados pelos alunos e professores.

Os vídeos feitos na unidade de ensino mostram que a água arrastou objetos e derrubou portas. A universidade disse que avalia a intensidade dos estragos, com danos significativos em equipamentos, documentos, livros e mobiliário.

A UnB foi construída em em 21 de abril de 1962 em uma zona de declive e por isso é mais atingida pelas fortes chuvas, que descem em enxurrada da Asa Norte até a universidade. Outros episódios de alagamento similares também foram registrados em 2011 e 2019.

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Chuvas torrenciais deixam rastro de destruição no auditório de Engenharia Florestal, na UnB

A reitora Márcia Abrahão e o vice-reitor, Enrique Huelva, estiveram no campus Darcy Ribeiro para avaliar os impactos e ficaram chocados com o que viram. Em nota, a universidade informa que acompanha de perto a situação das áreas afetadas e dá suporte para mitigar os impactos da maneira mais rápida e permanente possível.

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Tempestade causa estragos na Universidade de Brasília

A reitoria afirmou que “as já conhecidas deficiências no sistema de drenagem de águas da Asa Norte, somadas à topografia da região, provocaram o alagamento, que é recorrente na região”.

Além das ruas alagadas, moradores do Plano Piloto reclamaram da falta de eletricidade em imóveis. Na Asa Norte as vias W2 e a W3 e viadutos de acesso às quadras 209/210 e 109/110 ficaram alagadas, e o trânsito foi desviado. Moradores também relataram falta de energia naquela região.

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Chuvas torrenciais deixam rastro de destruição na capital do país com alagamentos nas tesourinhas da Asa Norte

As chuvas torrenciais deixaram diversas tesourinhas inacessíveis e diversos motoristas com danos em seus veículos. A tesourinha da 211 Norte foi uma das que ficaram cobertas de água. Cerca de nove placas de carros estavam espalhadas pelo local.

Na manhã deste sábado 10 de fevereiro funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) trabalham na tentativa de amenizar os impactos para os moradores, desobstruir as vias que ficaram alagadas e remover árvores e entulhos.

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Novacap faz reparos após chuvas torrenciais na Asa Norte

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em uma das estações do DF, nas últimas 24 horas choveu cerca de 80 milímetros. Só nos 10 primeiros dias de fevereiro, segundo o Inmet, a média mensal de 179,5 mm já foi quase atingida.

O meteorologista Glauco Freitas, do Instituto Nacional de Meteorologia, disse que as chuvas devem continuar até o fim do carnaval. De acordo com ele, a tendência para os próximos dias é de chuva forte e trovoadas.

De acordo com ele, o carnaval vai ser “muito nublado com condição de chuva a qualquer momento. A temperatura máxima vai chegar aos 23°C.

Fotos: Reprodução