A arte de manipular fatos e notícias para ter sucesso e ganhar dinheiro

Manipular fatos na internet - bernadetealves.com

Nem todos que bombam nas redes sociais realmente fazem sucesso. O submundo do falso sucesso permite comprar qualquer coisa. Isso foi comprovado por reportagem do New York Times. Com dinheiro e truques digitais dá para aumentar o número de likes, seguidores e conseguir ser um importante influencer.

Na batalha para aparentar ascenção, artistas, políticos, esportistas, socialites, têm usado outros aliados além de fãs reais. A guerra para aumentar a contagem envolve robôs e exércitos de falsos ouvintes e seguidores. Esta ‘fábrica de seguidores’ infla fama destas pessoas em redes sociais. Tudo para aumentar o ‘poder’ e influenciar os outros.

Mas como acontece esse milagre da multiplicação? O Youtube, no ano passado, descobriu práticas fraudulentas para impressionar o número de visualizações das postagens e imediatamente tomou providências. Descobriu que vários sites de venda usam robôs, ou seja, computadores programados para acessar automaticamente vídeos ou realizar outras interações para aumentar os números.

Esses números podem significar muito para a carreira de um artista, por exemplo, pois aumenta os shows e participação em televisão, e para as ‘celebridades’ a representação de produtos de marcas mas, para o público, eles nem sempre representam uma coisa: a verdade.

Vários sites cobram bem para inflar artificialmente os números, mesmo que serviços de streaming proíbam a prática nos termos de uso e tentem monitorar e banir fraudadores. Nós advogados sabemos que a manipulação da contagem pode ser considerada crime de estelionato na lei brasileira, mas, já que ela acontece em sites estrangeiros, o processo legal seria mais difícil.

Essa manipulação é tão intensa que nem as redes sociais imaginaram que fosse acontecer tão rápido. São perfis seguidos por milhares de pessoas que não se importam com o conteúdo. Para eles o que vale é a quantidade de views e não a qualidade e seriedade das publicações.

Parece que as pessoas nem se preocupam em saber se o conteúdo é verdadeiro ou falso. Recebem fotos e mensagens e replicam sem ler e isso infelizmente acontece até nas classes mais privilegiadas. As fake news se valem da frouxidão de controles no ambiente virtual e prosperam como ervas daninhas.

É bom ficar alerta porque o feitiço sempre vira contra o feiticeiro.

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O progresso tecnológico e a reorganização das sociedades em torno de uma grande rede global, faz com que qualquer assunto, fato ou acontecimento desperte o interesse dos desocupados e maliciosos. No mês de janeiro o calorão foi intenso. O verão quente causou muito desconforto e preocupação com idosos e crianças e ‘esquentou’ as fakes news.

Circulou pelas redes sociais vários alertas sobre condições meteorológicas extremas. A publicação seguiu aquele velho roteiro de todas as fake news na internet: é alarmista, não cita fonte e não se responsabiliza pela informação. O que chama a atenção é que esses alertas falsos sempre pedem para a população compartilhar. Ao receber uma mensagem desse tipo, desconfie e procure mais detalhes em sites oficiais sobre o tema antes de acreditar e compartilhar.

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A ascensão das chamadas notícias falsas, fake news, no termo em inglês, preocupa todo mundo e coloca no centro da discussão o papel de redes sociais como Facebook, Google, YouTube, Twitter e WhatsApp.

Com uma geração de adolescentes e crianças que, em sua maioria, vive em um universo virtual, é preciso considerar e discutir o fato de que não estamos apenas conectados, estão nos conectando, monitorando e fazendo experimentos sociais com nossas interações e repassando e reproduzindo informações falsas.