Alexandre Ramagem assume Agência Brasileira de Inteligência

O delegado da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, tomou posse na tarde de quinta-feira no cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) . A indicação de Ramagem para o comando da Abin foi aprovada no mês passado pelo Senado. Ele substitui Janér Tesch Hosken Alvarenga no posto máximo da agência de Inteligência.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou da solenidade de posse realizada na sede da agência de inteligência, em Brasília. O dirigente da Abin coordenou segurança de Bolsonaro na eleição de 2018. Após Bolsonaro assumir a Presidência, Ramagem foi requisitado para atuar como assessor especial da Secretaria de Governo.

Segundo a Abin, o novo diretor-geral da agência é delegado da Polícia Federal desde 2005. Na corporação, ele comandou, entre 2013 e 2014, a Divisão de Administração de Recursos Humanos e a de Estudos, Legislações e Pareceres, entre 2016 e 2017.
Alexandre Ramagem atuou ainda na coordenação de grandes eventos realizados no país nos últimos anos, como a Conferência das Nações Unidas Rio+20 (2012), a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada do Rio (2016).
Em 2017, Ramagem integrou a equipe de policiais responsáveis pela investigação e inteligência de polícia judiciária na operação Lava Jato. Ele também coordenou o trabalho da PF no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com sede no Rio.

A Abin é vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, comandada pelo ministro Augusto Heleno. Por isso foi o ministro quem deu posse ao novo diretor-geral da agência.
Na posse o novo diretor-geral da Abin afirmou que é preciso resgatar a escola de inteligência do país, padronizar a produção de inteligência pelos diferentes órgãos no país e auxiliar no trabalho para prevenção de crimes. Segundo o delegado o Brasil “merece deter uma inteligência de Estado com capacidade, com credibilidade perante as demais instituições e perante a sociedade”.

“Neste momento de tempos atuais de desenvolvimento da tecnologia da informação, a inteligência tem que se aperfeiçoar para entregar com velocidade, pragmatismo, objetividade”, declarou Ramagem.

O ministro do GSI, um dos mais próximos de Bolsonaro, disse que a inteligência precisa ser cada vez mais rápida diante do avanço tecnológico, em ferramentas que disseminam mensagens, como aplicativos de celular. O General Augusto Heleno declarou ainda que a Abin produz informações para, segundo ele, embasar decisões do presidente da República da forma mais célere possível.

O presidente Jair Bolsonaro ressaltou a necessidade de receber informações de forma ágil para não ser “surpreendido” e poder tomar decisões rapidamente. “A gente precisa da informação para que não seja surpreendido. A gente tem que ter a capacidade de se antecipar ao problema. Melhor do que uma boa informação é saber como utilizá-la”, declarou Bolsonaro.
