Cuidados para não levar o coronavírus para casa

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A orientação da ciência é clara: para evitar a covid-19 e não contaminar outras pessoas, fique em casa e saia apenas se isso for estritamente necessário.  É o caso dos profissionais de saúde, segurança, transporte e serviços essenciais.

E se em algum momento tivermos de ir ao mercado ou à farmácia, como fazer para evitar trazer o vírus para dentro de casa? A Gerencia de Fiscalização da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde, reforça cuidados que tanto funcionários dos estabelecimentos quanto consumidores devem ter para não levar a doença para dentro de casa.

Lave bem as mãos! Use álcool 70% ou em gel! São orientações que ganham relevância com o avanço da doença. Apesar de simples, elas são as principais maneiras de se conter o avanço do contágio pelo vírus, que se espalha pelo contato.

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A limpeza doméstica é outra aliada na prevenção do avanço da doença, especialmente em tempos de home office e quarentena.O mais importante, dizem especialistas é manter a higiene das mãos e evitar tocar o rosto. Assim, aumenta-se a chance de que a corrente de transmissão se quebre, mesmo que você tenha tocado em alguma superfície onde o vírus esteve.

Quando entrar em casa, tirar os sapatos e não toque em nada antes de lavar as mãos por 20 segundos com água e sabão. Deixe as chaves, carteira e bolsa, em uma caixa em lugar próximo à entrada. Tire as roupas para lavar e tome imediatamente um banho.

Além do cuidado com a higiene pessoal, os ambientes requerem atenção especial . Um ambiente limpo contribui para a prevenção de diversas doenças. No caso dos vírus, especialmente do coronavírus, a atenção se deve ao fato de ele poder resistir por até nove dias sobre as superfícies, como esclarece Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Mas ele pode ser facilmente inativado a partir de uma limpeza e desinfecção”, diz.”

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“O ideal é que sejam utilizadas luvas domésticas para a realização da limpeza e que elas sejam lavadas (e secadas) com o mesmo cuidado com o qual lavamos as mãos antes de um novo uso. O mesmo vale para panos e esponjas, que devem ser lavados (e secados) com água e sabão antes de reutilizados.”

Uma pesquisa publicada na revista científica New England Journal of Medicine testou a presença do vírus em alguns materiais e concluiu que ele permanece por mais tempo em plástico e aço, sobrevivendo por até 72 horas. No entanto, a concentração de vírus diminui consideravelmente nesse período. A meia-vida, ou seja, o tempo que leva para a concentração do vírus ser reduzida à metade, é de 5,6 horas em aço e 6,8 em plástico.

Limpe as embalagens que trouxe de fora antes de guardá-las. A limpeza pode ser feita com álcool 70% ou com uma mistura de 20ml de alvejante para cada litro de água.

Para a higienização das louças e roupas, especialistas  do ministério da Saúde, “recomendam  a utilização de detergentes próprios para cada um dos casos. Destacando que é importante separar roupas e roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja possível lavar.

Para desinfetar superfícies a dica é usar água sanitária na proporção de uma parte água sanitária para 9 partes de água. Os locais em que tocamos muito como mesas, bancadas, geladeira, fogão, maçanetas, interruptores, mesas, puxadores de gaveta, torneiras devem ser higienizadas com mais frequência.

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A gerente de Fiscalização da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé, orienta as pessoas com relação as encomendas, pacotes, correspondência ou recebimento de comida em casa. Ela diz que os consumidores devem ficar atentos às orientações de precaução para evitar a proliferação da Covid-19, a doença causada pelo novo vírus coronavírus.

“Após o recebimento do pedido, o cliente deve higienizar as mãos com água e sabão”. Segundo Márcia, o ideal é que qualquer compra realizada também seja higienizada com álcool 70% líquido, por exemplo, e o cliente deve observar as condições de higiene tanto do entregador quanto do veículo.

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“Caso o consumidor verifique que o restaurante não seguiu as recomendações das autoridades de saúde, ele pode recusar a entrega e denunciar o estabelecimento pelo número 162, gratuitamente, informando o nome e o endereço do local. É uma forma de a população ajudar na fiscalização que a Vigilância [Sanitária] realiza diariamente”, comenta a especialista.

Os pedidos devem ser feitos somente por telefone, internet ou aplicativo. Não é permitido uso de cardápios nos estabelecimentos, presencialmente, para a escolha de produtos. Ao receber o pedido no local solicitado ou no restaurante – sem formação de filas ou aglomerações –, clientes devem sempre pagar preferencialmente por meio de plataformas online ou por cartão de débito/crédito, evitando contatos desnecessários com funcionários.

Márcia Olivé explica que a recomendação mais importante, no caso dos restaurantes delívery, é tomar todas as precauções de transmissão contra o coronavírus durante a preparação do alimento.

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“Os funcionários devem usar os equipamentos de proteção individual [jaleco, gorro, máscara], ter um lavatório com sabonete fixo e papel toalha, lixeira com tampa e abertura de acionamento de pedal, além do álcool gel 70%”, e higienizar todos os produtos. Márcia lembra que é preciso higienizar com água e sabão, a cada 30 minutos, utensílios do serviço, como espátulas, pegadores, conchas e similares, inclusive os cabos. “Assim como os balcões, bancadas, esteiras, caixas registradoras, calculadoras, máquinas de cartão, telefones fixos e móveis e outros itens de uso comum, com álcool 70% ou diluição de hipoclorito de sódio a 2%”, ressalta.

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“Com relação aos entregadores, é muito importante reforçar a higienização das superfícies de contato do veículo – seja bicicleta, moto ou carro –, assim como a caixa térmica onde é transportado o produto, a cada entrega. O funcionário deve estar atento e limpar as mãos com álcool em gel com frequência”, alerta a gerente de Fiscalização da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé.