Setembro Amarelo: respeitar a dor do outro é salvar vidas

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Hoje é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. Em razão disso surgiu o Setembro Amarelo, organizado desde 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, com a missão de conscientizar a população sobre o suicídio, de modo a evitar esse problema de saúde pública.

Neste ano, em razão das incertezas trazidas pela pandemia do novo coronavírus, cuidar da saúde emocional é extremamente importante. O momento está deixando as pessoas com os nervos à flor da pele e a mente em constante estado de alerta. Que sofre de depressão merece atenção mais especial. Essa pressão esconde angústias e contribuí para o surgimento de distúrbios emocionas.

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Quando uma pessoa começa a se isolar, perde o interesse nas atividades anteriormente prazerosas, altera hábitos de sono e de apetite, isso pode indicar o início de um quadro psiquiátrico. Essas manifestações, somadas a comentários como “o mundo estaria melhor sem mim”, “eu não aguento mais” ou ainda “a vida não vale a pena”, acendem o alerta para a ideação suicida.

Saber reconhecer estes SINAIS DE ALERTA em nós mesmos ou em alguém próximo pode ser o primeiro e mais importante passo em busca de ajuda. Ela existe e é feita por profissionais. O que muitas vezes parece fim é só a vida se transformando.

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Borboleta representa evolução pessoal e espiritual

A campanha de 2020, devido a esta nova realidade,onde o trabalho não é apenas um meio de sobrevivência, mas a definição de valor do indivíduo, mostra a importância de se antecipar ao problema e buscar maneiras de agir efetivamente na prevenção, encaminhando as pessoas ao tratamento correto para proteger a vida.

Estudo realizado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), mostra que 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.

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Catedral de Brasília diz sim ao Setembro Amarelo: Campanha de Prevenção ao Suicídio

Auxiliar a sociedade a compreender e identificar casos é a principal forma de ajudar os profissionais da área de saúde, familiares e amigos, principalmente no que se refere à busca por tratamento e instrução da população. Desmistificar o suicídio é salvar vidas!

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Especialistas dizem que o distanciamento social tem prejudicado bastante a saúde mental das pessoas. Quase a totalidade dos óbitos por suicídio em todo o mundo estão relacionados à doença mental não tratada ou tratada de forma inadequada, em 96,8% dos casos. Transtornos de humor -como depressão e transtorno bipolar-, transtornos por uso de substâncias, e esquizofrenia são os três mais associados à tentativa de suicídio. Além destes, existem outros fatores como uso de álcool e outras drogas, desesperança e desespero, busca por sentido existencial/razão de viver, falta de habilidade de resolução de problemas, isolamento social, ausência de amigos íntimos, possuir acesso a meios letais e impulsividade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Calcula-se que, aproximadamente, um milhão de casos de mortes por suicídio são registrados por ano em todo o mundo.

Vamos aproveitar a primavera, estação das flores e oferecer a uma pessoa um ramo de flores amarelas. O gesto é uma demonstração de amizade e apreço. Este é o momento de dar colo ao coração.