Brasil estreia nas Paralimpíadas de Tóquio com quatro medalhas na natação

A natação foi o carro chefe-chefe do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Ganhou no primeiro dia da competição um ouro, uma prata e dois bronzes. Uma conquista valiosa que compensa o esforço e superação dos atletas.

A primeira medalha do Brasil foi de prata e veio da natação com Gabriel Araújo dos Santos nos 100m costas na classe S2 com a marca de 2min02s47. O atleta de 19 anos comemorou com dancinha e show de carisma. “Fico muito feliz, só eu sei o que passei para estar aqui. Foi muito difícil. Essa medalha veio com muito esforço, suor e me deixou com gostinho de quero mais”,disse Gabriel, que se emocionou na entrevista concedida logo depois da conquista.

Gabriel Bandeira ganhou o primeiro ouro para o Brasil nos 100m borboleta da classe S14. Ele é estreante em Paralimpíadas e confirmou o status de promessa para pessoas com deficiência intelectual.
O nadador de 21 anos quebrou o recorde paralímpico na eliminatória, viu sua marca ser superada na bateria seguinte pelo britânico Reece Dunn e deu o troco na final recuperando a melhor marca da história dos Jogos, com 54s76. Teve até beatbox do campeão na comemoração.

Na sequência dois bronzes com os veteranos Phelipe Andrews, sua oitava medalha paralímpica na carreira e Daniel Dias que aumentou para 25 sua coleção de medalhas paralímpicas. Ele é o nadador masculino mais premiado na história das Paralimpíadas.

“Estou tentando ser muito grato, primeiramente a Deus. Está fluindo. Hoje foi mais leve. Quando virei vi que os chineses estavam um pouco à frente. Consegui alcançar minha meta. É viver cada momento, cada prova. São os últimos 100m, não tenho mais na competição, agora só 50m”, disse Daniel.

Este foi um início promissor para o Brasil com quatro pódios seguidos. Que venham mais medalhas e êxito pessoal.

Fotos: Ale Cabral/CPB e Miriam Jeske, Getty