Vegetais e legumes sozinhos não fazem milagre para a saúde cardiovascular

Um estilo de vida saudável inclui a saúde preventiva, boa nutrição e controle do peso, recreação, exercícios regulares, e evitar substâncias nocivas ao organismo.
Estudos comprovam que os vegetais ocupam significativo papel de destaque para melhorar o padrão alimentar das pessoas e reduzir o número de complicações cardiovasculares.
No entanto, um recente estudo que tem repercutido em muitos veículos de imprensa, demonstrou que não basta somente comer vegetais e esperar que o risco cardiovascular diminua. É preciso ter um estilo de vida saudável, um aspecto que muitas pessoas insistem em não modificar, seja por uma questão de comodismo, seja pela falta de força de vontade.

Para quem busca viver mais com qualidade, a dieta mediterrânea tem sido apontada como o melhor padrão alimentar, controle de fatores de risco e prevenção de doenças e agravos crônicos. No entanto, seria contraditório manter determinados vícios, como o tabagismo e o etilismo, ainda que sua alimentação seja predominantemente de origem vegetal.
Quem tem estilo de vida eminentemente estressante, com noites de sono irregular, ausência de horas de lazer, brigas e desavenças frequentes em casa e no trabalho, não pode gabar-se por comer cenouras e palmitos em todas as refeições.

Portanto, a garantia da saúde cardiovascular vai além dos vegetais. Precisamos compreender que existem fatores de risco cardiovascular isolados e que isto é extremamente diferente de se adotar um hábito saudável isolado, como comer preferencialmente vegetais, esperando que tudo de bom gire exclusivamente ao redor deste hábito.
Nada de forma isolada constitui-se num mecanismo eficiente de redução dos riscos cardiovasculares. Fumar ativamente e comer vários vegetais não implica em sucesso. Da mesma forma que não cuidar do peso, não controlar a pressão, viver sob constante estresse, mesmo não fumando, não significa que o risco de infarto do coração seja mínimo.
Nos países ocidentais, principalmente nos Estados Unidos, o hábito de não priorizar alimentos de origem vegetal na alimentação diária já é um desafio desde a infância. A maior prova disto é o elevadíssimo índice de obesidade que acomete as crianças norte-americanas.

Por outro lado, em países como Turquia e Grécia, as crianças já são condicionadas ao consumo de vegetais e frutas em todas as refeições. Muitas vezes o café da manhã destas crianças é composto por frutas, legumes e vegetais, todos crus e com algum tempero.
Outro aspecto muito interessante acerca de uma alimentação rica em vegetais, e que motivou outra recente análise em relevantes publicações internacionais, é a diferença entre comer vegetais crus e refogados.


Os vegetais crus, como também as frutas na sua forma natural, conservam melhor suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e a riqueza de fibras. No caso de algumas frutas, como maçã e limão, a maior quantidade de vitaminas e fibras encontra-se na casca.



Para maior proteção cardiovascular, o consumo dos vegetais crus seria de grande valia para muitos benefícios, como melhorar o funcionamento intestinal, eliminar toxinas e melhor metabolização de gorduras e açúcares.
Como temos que conviver com fatores genéticos e a vida estressante, devemos agregar o maior número de estratégias protetoras. O consumo de vegetais, principalmente crus, é extremamente benéfico para nossa saúde cardiovascular, mas é preciso eliminarmos alguns hábitos perigosos, como não praticar atividade física, fumar e consumir bebidas alcoólicas de forma exagerada.

Este é o grande desafio para quem quer verdadeiramente escapar de um infarto do coração, derrame cerebral e as tromboses.
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