São Francisco de Assis : o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo!

Celebramos neste 4 de outubro, um dos santos mais admirados pela comunidade católica romana: São Francisco de Assis, o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo!. Ele é o santo dos pobres, o padroeiro dos animais e da natureza.
Que no dia de São Francisco possamos reconhecer a presença do sagrado na natureza, a urgência de cessar a destruição avassaladora do meio ambiente no Brasil, e ressignificar o “é dando que se recebe”.
Oração de São Francisco de Assis

“Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa Paz!
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
É morrendo, que se vive para a vida eterna!”
Amém.
Sincretismo Religioso no Brasil
No Brasil, a partir do sincretismo religioso, São Francisco de Assis foi incorporado pela Umbanda e Candomblé, sendo venerado sob a figura de Xangô.
História de São Francisco de Assis

Francisco nasceu na cidade de Assis, na Itália, em 3 de julho de 1182. Filho de Pietro Bernadone e Pica Bourlemont, o jovem, cujo nome de batismo era Giovanni di Pietro di Bernardoni, aproveitou sua infância e adolescência desfrutando da riqueza e esbanjando vaidade uma vez que seu pai era um rico e próspero comerciante.
Segundo a maioria dos biógrafos de Francisco de Assis, o caráter e as qualidades melhores lhe vieram da mãe. Como todo jovem ambicioso de sua época, Francisco desejava conquistar, além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma dessas frequentes batalhas. No ano de 1201, incentivado por seu pai, ele partiu para uma guerra que os senhores feudais haviam declarado contra a Comuna de Assis.
Ao participar como soldado da guerra entre as cidades de Assis e Peruggia, ele foi capturado e, um ano depois, foi resgatado e ficou doente. Na cidade de Espoleto, sintomas de febre fizeram com que Francisco não pudesse partir.
Ele ainda tentou regressar ao exército, mas teve um sonho que transformou a sua vida. No sonho, uma voz disse-lhe para “servir ao amor e não ao Servo”. Foi então que Francisco de Assis abandonou toda a vida de riquezas e luxo e começou a meditar em cavernas e igrejas abandonadas.
Afastamento da Família e dos Amigos


Seu Pai se indignava cada vez mais e resolveu exigir que seu filho lhe devolvesse tudo quanto recebera dele, levou perante o bispo para que o julgasse. Francisco, ciente da sentença de Cristo: “Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim” (Mt 19,29), sem vacilar um momento se despojou de tudo até ficar nu, jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai, e exclamou: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste”. O Bispo, então, o acolheu. Daquele momento em diante, cantando “Sou o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo”, afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos, e à reconstrução das Capelas da cidade.
A partir de então, Francisco saiu a pregar percorrendo as vizinhanças e levando o Evangelho. Não tinha intenção nenhuma de adquirir seguidores, somente viver sua vida austera e evangelizar.
A fim de meditar melhor sobre o mistério do nascimento de Cristo, São Francisco de Assis teria feito figuras representando São José, a Virgem Maria e Jesus, construindo o primeiro presépio, que se tornou tão popular no Natal.
Em 24 de fevereiro de 1208, encontrou o que por tanto tempo havia procurado e deu início à fundação da Fraternidade dos Irmãos Menores. Em 1209, Francisco foi até o Papa Inocêncio III para pedir a aprovação de seu carisma. Ele ficou maravilhado com o propósito de vida e a figura de São Francisco de Assis, a clareza de sua opção e a firmeza que demonstrava. Reconheceu nele o homem que há pouco vira em sonho, segurando as colunas da Igreja de Latrão, que ameaçava ruir.
O Reconhecimento do Próprio Deus na sua Obra
O Papa reconheceu que era o próprio Deus quem inspirava São Francisco de Assis a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja. Por isso, deu a seu modo de viver o Evangelho a aprovação oficial. Autorizou Francisco e seus seguidores a pregarem o Evangelho nas igrejas e fora delas.
Todos os anos, de 15 de agosto a 29 de setembro, São Francisco de Assis tinha o costume de preparar-se com uma quaresma de oração e jejum para a festa de São Miguel Arcanjo.
Em 1224, enquanto meditava no Monte Alverne, São Francisco recebeu os estigmas de Cristo. Os estigmas são as marcas das feridas de Jesus Cristo que aparecem no corpo de algumas pessoas.
Seu estado de saúde piora muito a partir daí. Era final de agosto, em 1226, pede para ser levado à Porciúncula. No dia 3 de outubro, à tarde, Francisco de Assis, morreu cantando “mortem suscepit”. No domingo seguinte é sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis.
No dia 16 de julho de 1228, São Francisco de Assis foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Tornou-se o padroeiro dos animais, pela sua admiração e relação estreita com a natureza. Também foi elevado a padroeiro principal da Itália, em 1939 por Pio XII
Fundação da Ordem Franciscana
Francisco tinha ouvido o chamado de Deus para seguir o caminho de Cristo. Assim sendo, o jovem passou a viver com alegria a vida da pobreza, humildade e obediência. Ele acreditava que para o cristão viver o real significado do Evangelho, deveria abdicar de todos os confortos e seguir à risca a vida de Jesus Cristo.
Desta maneira, escreveu a primeira regra da Ordem Franciscana e conseguiu a aprovação oral do Papa Inocêncio III, em 1209, dando origem ao ramo hoje conhecido como Frades Franciscanos Conventuais.
Igualmente, receberia a jovem Clara, que seria a responsável pelo ramo feminino dos franciscanos, sob o nome de Clarissas.
Seguindo seu caminho como peregrino de Deus, Francisco e seus seguidores viajaram por muitas cidades da Europa e África, como o Egito, Chipre, Roma, Síria e outras cidades e lugares considerados sagrados.
O amor de Francisco pelas “obras de Deus”, ou seja, a natureza e tudo que nela está inserido, era imenso. Ao abrir mão de toda a sua fortuna, Francisco de Assis se dedicou aos animais, ao meio ambiente e aos leprosos.
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