Campeãs europeias vão decidir Copa do Mundo Feminina 2023
Domingo, 20 de agosto, vai ser especial para a Europa. É que acontece a final da Copa Feminina 2023 entre Espanha e Inglaterra. A disputa marca a terceira final europeia na história e mostra crescimento e investimento aa modalidade no continente.
Uma delas terá acesso à seleta sala de troféus para se juntar a Estados Unidos, Alemanha, Noruega e Japão no hall dos campeões.
A classificação não surpreende pois a Europa tem o mais alto nível do futebol feminino. A Eurocopa e a Champions League Feminina são sucessos. A edição de 2022 mostrou a força destas duas seleções. Atual campeã da Eurocopa, a Inglaterra eliminou a Austrália, uma das anfitriãs ao lado da Nova Zelândia.
A Inglaterra tem a melhor liga do mundo e chega a final inédita como resultado de um processo em todas as categorias independentemente de gênero. Há cinco anos, o país terminava o Mundial Sub-20 Feminino na terceira posição. Jogadoras como Alessia Russo, Lauren Hemp, Ellie Roebuck e Chloe Kelly faziam parte daquele grupo.
Fora de campo a briga será de opostos. De um lado Sarina Wiegman e de outro Jorge Vilda Rodríguez.
A técnica Sarina Wiegman, há quatro anos guiou a Holanda ao vice na Copa da França. Em 2023, classifica a Inglaterra para a final. Duas decisões consecutivas. Os últimos dois títulos da Eurocopa têm a assinatura dela com Holanda (2017) e Inglaterra (2022).
A treinadora das Leoas vive um verdadeiro ”conto de fadas” e chegou a ser cotada para substituir Gareth Southgate na seleção masculina. Eleita a melhor treinadora do mundo em três oportunidades pela Fifa (2017, 2020 e 2022), Sarina é unanimidade na Inglaterra. A trajetória da ex-volante com as Leoas começou em 2021, depois que foi eliminada com a Holanda nas quartas de final dos Jogos Olímpicos. E, desde então, só perdeu um amistoso. São 32 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Em dois anos no cargo, a comandante foi campeã da Eurocopa de 2022 e da Finalíssima de 2023, quando, inclusive, derrotou o Brasil.
O técnico espanhol Jorge Vilda Rodríguez que viu o seu próprio elenco ”clamar” por sua demissão. O técnico de 42 anos assumiu a equipe em 2015 rodeado de desconfiança. Ele disputou a Euro em 2017 e caiu nas quartas de final para a Áustria. Depois, na Copa de 2019, foi eliminado nas oitavas pelos Estados Unidos. Por isso começou a ser criticado pelas jogadoras por sua postura. E, desde então, não tinha o total apoio de seu próprio elenco. Só que a federação espanhola saiu em defesa do treinador e resolveu bancá-lo.
A Espanha também é destaque a partir da base. A seleção ibérica foi vice no Mundial Sub-20 de 2018. No ano passado, conquistou o título do torneio juvenil. Sensação da Copa, Salma Paralluelo era a camisa 11 daquela esquadra. O Barcelona é um dos propulsores deste sucesso. Das últimas cinco edições da Champions League Feminina, o clube catalão ganhou duas e foi vice em outras duas. Um baita processo de evolução.
Na Eurocopa de 2022, a Espanha foi eliminada pela Inglaterra nas quartas de final. As Leoas triunfaram por 2 x 1 na prorrogação e marcharam rumo ao título inédito dentro de casa depois de superar Suécia (semifinal) e Alemanha na decisão. Uma das duas seleções repetirá o feito da Alemanha. Os germânicos são os únicos campeões da Copa nas versões feminina e masculina.
O duelo de tirar o fôlego acontece no domingo no Estádio Olímpico de Sydney, às 7h (de Brasília, 20h no horário local). Espanha, dona do melhor ataque da competição (17 gols), e Inglaterra, atual campeã europeia, decidem o título da Copa do Mundo Feminina da FIFA.
Suécia x Austrália disputam o 3º lugar da Copa do Mundo Feminina 2023, neste sábado 19 de agosto, às 5h (de Brasília), em Brisbane, na Austrália.
Lição da Copa do Mundo de Futebol Feminino é que não dá mais para fazer futebol profissional na base do mutirão, ou seja, formar um time a toque de caixa para disputar torneios de ponta e depois abandonar a formação até o evento seguinte.
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