Arando vermelho: a fruta exótica com importantes benefícios para a saúde

O arando é uma fruta pequena de coloração vermelha escura.. Originário da América do Norte, o arando também é conhecido pelos nomes de mirtilo vermelho, uva-do-monte, ou cranberry. Em português, podemos chamá-los de Airela, Amora alpina ou Oxicoco.
A frutinha, com nomes diferentes, está no topo da lista dos alimentos com maior concentração de antioxidantes.
No Brasil pertence a um grupo de arbustos perenes ou videiras de arrasto do subgênero Oxycoccus do gênero Vaccinium que cresce até 4 metros de altura. O arbusto de folha caduca possui brotos verdes brilhantes com uma seção transversal angular.

As folhas são ovais para oblongo-elíptico, 9 mm a 30 mm de comprimento e 4 mm de largura a 16 mm de largura, com uma margem inteira. As flores são amarelo-branco a branco-rosado com rosa, decumbente 4 milímetros em forma de sino a 5 milímetros de comprimento.
Estes frutos, que crescem de modo silvestre à beira da estrada, semelhante a uma cereja, tem coloração inicialmente branca, mas torna-se vermelho escura quando totalmente madura. É comestível, com um gosto ácido que pode sobrecarregar sua doçura.

O arando pode ser encontrado na sua forma natural em alguns mercados e feiras ou em lojas de produtos naturais e drogarias na forma desidratada ou em cápsulas.
O arando pode ser consumido fresco ou desidratado, sendo recomendado consumir de 1 a 2 colheres de sopa por dia, que podem ser consumidos sozinhos ou adicionados em iogurtes, por exemplo. Além disso, o arando também pode ser usado no preparo de sucos ou tomado na forma de suplemento em cápsulas.
Lembre-se de consultar o seu médico antes de iniciar qualquer tratamento com arandos, especialmente se você tiver alguma condição de saúde ou estiver tomando algum medicamento.


Estudos indicam que a fruta pode trazer inúmeros benefícios para a saúde. A maior parte dos estudos científicos sobre o uso medicinal do arando são da América do Norte onde esta fruta é consumida, há séculos, e seu uso empírico pertence à medicina popular regional.
O arando é rico em vitamina C e vitamina A, que são nutrientes com ação antioxidante que fortalecem o sistema imunológico e podem ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes. A fruta também possui ação antibacteriana que impede o desenvolvimento de bactérias na bexiga, sendo indicado para prevenir e tratar infecções urinárias.
Benefícios do arando vermelho conhecido como cranberry

Fortalece o sistema imunológico
Por ser rico em antioxidantes como vitamina C, vitamina A e flavonoides, o arando fortalece o sistema imunológico, ajudando a combater bactérias e vírus e reduzindo o tempo de duração de gripes e resfriados.
Prevenir doenças cardiovasculares
O arando é rico em antocianinas e catequinas, compostos antioxidantes que impedem a oxidação das células de gordura, diminuindo os níveis de colesterol “ruim”, o LDL, no sangue e prevenindo, assim, o surgimento de doenças cardiovasculares como aterosclerose, infarto e derrame.
Além disso, o arando também pode ajudar a controlar a pressão arterial, porque inibe a enzima conversora da angiotensina, uma enzima responsável pela contração dos vasos sanguíneos e que aumenta a pressão arterial.
Melhora a saúde digestiva
Os arandos podem melhorar a saúde do sistema digestivo, ao favorecer o equilíbrio da flora intestinal e prevenir a proliferação de bactérias nocivas, como a Helicobacter pylori, que causa úlceras e gastrites. Eles também têm efeito adstringente, que ajuda na cicatrização de feridas e inflamações no estômago e no intestino.
Previne o envelhecimento precoce
O arando previne o envelhecimento precoce, porque atua combatendo o excesso de radicais livres no organismo, que são um dos responsáveis pela formação de rugas e flacidez na pele. Isso acontece porque a fruta é rica em antioxidantes, como a Vitamina C e a queratina, que protegem as células dos danos causados pelos radicais livres. Radicais livres são moléculas instáveis que podem causar envelhecimento precoce, câncer e doenças degenerativas.
Controla os níveis de açúcar no sangue

Devido ao seu alto teor de flavonoides com ação antioxidante e anti-inflamatória, o arando pode melhorar a ação da insulina, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue, prevenindo, assim, a resistência à insulina e a diabetes.
Evita infecções urinárias
Segundo alguns estudos, acredita-se que o arando pode evitar e ajudar no tratamento de infecções urinárias, por ser rico em proantocianidinas, que são flavonoides com ação antibacteriana que impedem o desenvolvimento de bactérias na bexiga.
No entanto, ainda não existem estudos científicos suficientes que comprovem os benefícios do consumo do arando para o tratamento da infecção urinária.
Evita cáries
O arando pode evitar as cáries, porque impede a aderência e a proliferação de bactérias nos dentes, como a Streptococcus mutans, que está associada com as cáries.
Deixa a pele mais bonita
Arando contêm colágeno cuja ação, somada a dos antioxidantes, mantêm a pele de quem consome esta fruta rotineiramente livre de radicais livres retardando o processo natural de envelhecimento.
Suco de arando

Ingredientes:
- 3 colheres (de sopa) de arando desidratado ou 1 xícara (de chá) de arando fresco;
- 600 ml de água filtrada ou fervida.
Modo de preparo:
Colocar o arando na água para amolecer por uns minutos, se usar o desidratado. Colocar o arando e a água no liquidificador e bater até ficar uma mistura homogênea. Transferir para um copo e consumir. Pode-se consumir até 3 copos (de 250 ml) por dia e, de preferência, sem adoçar.
Cápsulas de arando


A dose de arando em cápsulas geralmente recomendada para prevenir infecções do trato urinário é de 500 mg, de duas a três vezes ao dia, variando conforme a dose do suplemento adquirido.
Possíveis efeitos secundários
O consumo excessivo de arando pode causar diarreia, dor abdominal, náuseas e vômitos. Além disso, essa fruta pode aumentar o risco de pedras nos rins, por ser rica em oxalato, uma substância que, quando consumida em excesso, aumenta a concentração de oxalato na urina contribuindo para a formação de pedras de oxalato nos rins.
Fotos: Bob Gibbons/science Photo Library e Reprodução