Declaração Universal dos Direitos Humanos é homenageada com Painel

O Ministério dos Direitos Humanos, em parceria com o governo de Brasília, inaugurou um painel de cerâmica assinado pela artista plástica Françoise Schein, na entrada do metrô da Galeria dos Estados, em Brasília.
As pinturas nos azulejos de cerâmica remetem aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A obra de 110 metros quadrados foi feita por estudantes de duas escolas da rede pública de ensino do DF: o Centro Educacional 11 de Ceilândia e o Centro Educacional Gisno.

As instituições foram escolhidas por concurso que selecionou os desenhos para compor o maior painel, produzido com a técnica de azulejos. Cada uma das unidades de ensino participantes também recebeu a instalação de um painel menor, com 6 m².
Os jovens participaram da cerimônia que também teve a presença do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, do secretário-executivo do Ministério dos Direitos Humanos, Marcelo Varella, e da colaboradora do governo local Márcia Rollemberg. Para o governador, a obra é importante para lembrar a população diariamente sobre a importância dos direitos humanos.
“Ao respeitá-los, teremos uma cidade mais solidária, respeitosa, amorosa. Uma sociedade que não só perceba as diferenças, mas as valorize como algo natural, bonito”, declarou Rollemberg.

Um dos estudantes que ajudou a criar a obra de arte, Anderson Maciel, de 14 anos, do Centro Educacional 11 de Ceilândia, conta o que aprendeu ao participar da iniciativa.“Esse projeto nos apresentou cada um dos direitos humanos e nos deu liberdade de expressão, permitindo que mostrássemos compreensão do que foi apresentado dentro de sala. Aqui represento não só a minha voz, mas a de muitos outros jovens.”
Ana Beatriz dos Santos, de 13 anos, aluna do Gisno, reforça os princípios que compõem o painel. “Precisamos entender que, independentemente de raça, crença, sexo, religião ou capacidade física, todos temos direitos pelo simples fato de sermos humanos. Todas as pessoas têm o direito a uma vida digna”, declarou Ana Beatriz.

O secretário nacional de Cidadania, Herbert Barros, destaca que a luta pela proteção dos direitos humanos é contínua. “Esse é um tempo muito relevante para gente fazer uma reflexão sobre isso, sobre quais são os direitos humanos, qual o valor dos direitos humanos. E no marco dos 70 anos da declaração há uma necessidade de olharmos para trás e entendermos a razão de ela ter sido escrita, que é a razão que nos inspira a continuar lutando pelo direito de todos e todas, independente da condição social, da condição de renda, de classe, sexo, orientação sexual, religião. Direitos humanos são para todos e são de todos.”

O projeto já foi levado para 1.001 escolas e coloca em perspectiva pautas relativas à cidadania e aos direitos fundamentais. A iniciativa também conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e da Associação Inscrire — referência mundial na criação artístico-pedagógico urbana na área dos direitos humanos.Fotos: Gabriel Jabur.
