A 56ª Legislatura do Senado Federal começa com posse dos senadores eleitos

Posse dos novos senadores - bernadetealves.com

Os 54 senadores eleitos em outubro passado tomaram posse hoje no Plenário do Senado Federal. Eles representam dois terços da composição da Casa e terão oito anos de mandato. Dentre eles os representantes do Distrito Federal, Izalci Lucas e Leila Barros.

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Senadores do DF Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PSB)

Não apenas os senadores empossados pelo DF, Leila e Izalci, participam da solenidade oficial para o início da legislatura. Os suplentes dos novos integrantes da Casa também marcam presença: a ex-secretária de Planejanento do DF Leany Lemos (PSB), que assume a vaga no caso de afastamento de Leila, e o empresário Luís Felipe Belmonte (PSDB), que pode substituir Izalci em caso de impossibilidade do titular.

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A reunião preparatória começou às 15h34 e foi presidida pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Como terceiro suplente de secretário, ele é o único integrante da Mesa remanescente da legislatura anterior e por isso foi o responsável pela solenidade.

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Senador Jaques Wagner

O juramento de posse foi lido em Plenário pelo senador Jaques Wagner (PT-BA). Ele é o parlamentar mais idoso eleito pela Bahia, o primeiro estado criado no Brasil. “Prometo guardar a Constituição federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil — declarou Jaques Wagner.

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Senador Irajá Abreu, o mais jovem senador eleito na história do Senado

O senador Davi Alcolumbre introduziu “uma inovação” no rito de posse. Ele convidou para também ler o termo o mais novo entre os parlamentares eleitos em outubro, o senador Irajá (PSD-TO), filho da senadora Kátia Abreu.

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“Vivemos momentos de renovação da política nacional. Por ser o mais jovem, convido o senador Irajá para fazer o juramento em nome da juventude brasileira, que acredita em um país com menos injustiças e mais respeito a seu povo e sua gente”, declarou Alcolumbre.

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A posse durou 30 minutos. Além de familiares e convidados dos novos senadores, autoridades dos três Poderes acompanharam a cerimônia no Plenário. Entre elas, os ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Bento Albuquerque (Minas e Energia); o governador João Dória (São Paulo); o ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União; os ex-senadores Mauro Benevides e Rodrigo Rollemberg; o ex-governador Ciro Gomes (Ceará); e o ex-prefeito Gilberto Kassab (São Paulo).

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De acordo com a Polícia Legislativa, cerca de três mil pessoas, entre visitantes, parlamentares, funcionários e jornalistas, estiveram no Congresso Nacional, para acompanhar a cerimônia de posse dos senadores.

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A 56ª Legislatura do Senado Federal é representada por 16 bancadas, uma fragmentação partidária inédita. A maior bancada ao início de 2019, a do MDB, contará com 13 senadores na eleição da Mesa e o PSD contará com 10. Esse será o menor número já registrado para as duas  maiores bancadas.

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Senador Angelo Coronel do PSD da Bahia

Desde que o Senado passou a ter 81 parlamentares, em 1991, nunca houve menos do que três bancadas com esse tamanho. Acabou a concentração de senadores no topo, o que se vê são bancadas intermediárias com oito ou menos representantes. Essa configuração inicial de bancadas pode sofrer alterações ao longo da 56ª legislatura, a exemplo do que ocorreu um pouco antes da posse onde sete novos senadores trocaram de partidos.

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As eleições de 2018 promoveram a maior renovação da história recente do Senado Federal. Dos 81 senadores que iniciarão o ano legislativo, 49 não estavam na Casa.

A bancada feminina no Senado a partir de 2019 foi reduzida de 13 para 12 senadoras. Dos 353 candidatos ao Senado nas eleições de 2018, 62 eram mulheres e, dessas, sete se elegeram. O Distrito Federal e a Paraíba elegeram a primeira senadora da sua história política. As novas senadoras são: Leila Barros (PSB-DF), Daniella Ribeiro (PP-Paraíba).

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Senadores do RN, Jean-Paul Prates, Zenaide Maia e Styvenson Valentim

Além delas, Soraya Thronicke (PSL-MS), Eliziane Gama (PPS-MA), Mara Gabrilli (PSDB-SP), juíza Selma Arruda (PSL-MT) e Zenaide Maia (PHS-RN). Permanecem no mandato as senadoras Simone Tebet (MDB-MS), Kátia Abreu (PDT-TO), Rose de Freitas (MDB-ES) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE). Pelo Acre, a senadora Mailza Gomes (PP), assumiu a vaga de Gladson Cameli, que deixou o Senado em dezembro para assumir o governo do estado.

Esta é a primeira vez na história do Senado Federal que mãe e filho estão juntos. Irajá Abreu (PSD-TO), o senador mais novo da história do Brasil, com 35 anos, é filho da senadora Kátia Abreu do PDT, de Tocantins. Kátia tem mandato até 2022.

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Senado Federal  Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado