Cientistas asseguram que a Vitamina D reduz risco de morte por câncer
A vitamina D é essencial para a saúde uma vez que ajuda fixar o cálcio e o ferro em ossos e dentes e principalmente por prevenir a osteoporose. Ela tem importante papel no funcionamento adequado da tireoide e na secreção de insulina pelo pâncreas, aumentar a funcionalidade das células Natural Killer (NK), responsáveis por destruir os invasores do sistema imunológico.
A ciência vem demonstrando, há bastante tempo que o nutriente vai além desses benefícios: pode reduzir risco de morte por câncer. A melhor maneira de ativar a síntese desse nutriente é tomando sol. Estudos internacionais estimam que aproximadamente 40% dos adultos apresentam a hipovitaminose D, cujo principal fator é a falta de exposição solar.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, EUA, encontraram redução de 13% no risco de morte pela doença em pacientes que usaram a suplementação de vitamina D. Os resultados foram apresentados no maior evento de oncologia do mundo, organizado pela American Society of Clinical Oncology (ASCO).
Para chegar a esta conclusão os pesquisadores revisaram 10 estudos sobre o tema, levando em conta dados de 79.055 pacientes, sendo que 78% eram mulheres com idade média de 68 anos. Os pacientes foram separados em dois grupos um recebeu suplementação de vitamina D por quatro anos, enquanto o outro recebeu placebos. A iniciativa considerou justamente a faixa etária em que há mais casos de desenvolvimento de tumores. No entanto, nenhum dos pacientes incluídos no estudo já apresentava a doença.
Em 2018 um estudo do Centro de Ciências da Saúde Pública do Centro Nacional de Câncer do Japão, publicado no renomado British Medical Journal (BM ) reforçou o potencial dessa vitamina na prevenção do câncer. Os cientistas descobriram que, entre indivíduos com uma boa dose diária de vitamina D, a probabilidade de desenvolver tumores é menor.
Esta é uma boa notícia. Para ver se os níveis da vitamina D estão bons, é preciso fazer exames de sangue e consultar um médico para avaliação. Tomar suplementos por conta pode prejudicar o organismo. Segundo os cientistas, o excesso da molécula pode, sim, causar algumas complicações. Entre elas, o acúmulo de cálcio nas artérias, que estaria por trás de infartos e derrames.
E mais: apresentar baixos níveis de vitamina D no organismo pode aumentar o risco de morte por diversas doenças, inclusive as cardiovasculares e o câncer, de acordo com um estudo realizado por Ben Schöttker, Rolf Jorde, Hermann Brenner, no Centro Alemão de Pesquisa em Câncer e divulgado no periódico British Medical Journal (BMJ).

Entre os vários benefícios da vitamina D, o mais conhecido talvez seja justamente a capacidade de fortalecer os ossos. A vitamina também controla a pressão arterial, favorece a força muscular, previne a calvície e ajuda a evitar doenças autoimunes e a regular a insulina no organismo.
O estímulo à produção de vitamina D pela pele depende do ângulo de incidência dos raios solares na pele e, aqui no Brasil, segundo a dermatologista Cleire Paniago, seria entre as 10h e 15h, justamente o horário de maior risco ao desenvolvimento de câncer de pele. Por isso, muitas vezes as pessoas preferem a suplementação vitamínica.
Segundo os médicos vale destacar que o tempo de exposição solar necessário para atingirmos níveis sanguíneos satisfatórios de vitamina D é de 15 minutos, três vezes por semana, bem inferior ao tempo de exposição relacionado ao risco de câncer de pele. A dica é usar filtro solar no rosto e pescoço, colocar chapéu e deixar apenas os braços e pernas expostos ao Sol.
