China diz que coronavírus pode se espalhar antes mesmo dos sintomas aparecerem

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Ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei

O ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse neste domingo (26) que o novo coronavírus pode se espalhar antes mesmo do aparecimento de sintomas. A infecção causada pelo vírus matou 56 pessoas e deixou milhares de infectados na China.

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Coronavírus – o vírus que colocou a China em alerta e o mundo em alerta

Segundo a Reuters, Ma Xiaowei afirmou ainda durante a coletiva que a capacidade de transmissão do coronavírus está se fortalecendo e reforçou as ações de contenção, que até agora incluem restrições de transporte e viagens e o cancelamento de grandes eventos, serão intensificados.

A cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus está isolada. A China anunciou uma proibição nacional da venda de animais silvestres em mercados, restaurantes e plataformas de comércio eletrônico. Acredita-se que o vírus tenha se originado no final do ano passado em um mercado na cidade chinesa de Wuhan, que vendia ilegalmente animais selvagens.

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A epidemia já atingiu 12 países: Taiwan, Tailândia, Japão, Nepal, Malásia, Coreia do Sul, EUA, Singapura, Vietname, Macau, França e Austrália. “Confrontados com a situação grave desta aceleração da propagação da pneumonia, devido a infecções causadas pelo novo coronavírus, temos de reforçar uma liderança centralizada e unida, sob o comando do partido”, afirmou o Presidente da República Popular da China no sábado, de acordo com o jornal chinês People’s Daily​.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, escreveu em seu Twitter que está à caminho de Pequim para “estreitar a colaboração” entre a entidade e o país asiático. Ghebreyesus escreveu que a visita deve contribuir com ações de proteção do país. Ele pediu também que pesquisadores e cientistas que tenham estudos sobre o vírus aprovados em periódicos científicos mas que não tenham sido publicados, que compartilhem as descobertas com a organização.

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Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus

A Organização Mundial da Saúde decidiu que “ainda é cedo” para declarar emergência internacional devido às infecções do coronavírus. “Não se engane. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde global”, disse o diretor-geral da OMS,Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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Coronavírus – o vírus que colocou a China em alerta e o mundo em alerta

A nova epidemia de coronavírus já matou 56 pessoas e infectou mais de 1 mil na China, de acordo com um balanço divulgado neste sábado (25). Relatos da doença foram identificados em ao menos dez países de quatro continentes.

Médicos brasileiros alertam para a prevenção do coronavírus e governo brasileiro diz que está em alerta inicial. De acordo com publicação do Ministério da Saúde, geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

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Autoridades brasileiras explicam a situação do Coronavírus

A transmissão do novo coronavírus ocorre pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. E, também evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e, portanto, o risco de maior circulação mundial é menor. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

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Raio X do Coronavírus – o vírus que colocou a China em alerta e o mundo em alerta

Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios. Os principais são: febre alta, tosse, dores musculares, falta de ar, secreção na garganta e dificuldade de respirar. Autoridades brasileiras recomendam que assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar  ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

Segundo o Ministério da Saúde, um ponto ainda a esclarecer está relacionado ao perfil dos pacientes. Os idosos geralmente são mais suscetíveis a casos mais graves por infecções do influenza, como o H1N1. Ainda não está claro se isso se repete entre as pessoas infectadas pelo 2019-nCoV. No caso da febre amarela, por exemplo, os homens são mais afetados nas infecções do Brasil. Os médicos ainda precisam traçar um perfil do paciente com o novo coronavírus.

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Não se sabe ainda se este é um vírus que vem para ficar ou vai desaparecer.  Alguns vírus, como o da catapora, não voltam a causar a doença novamente após uma primeira infecção. No caso do vírus da zika, por exemplo, o corpo responde e a mesma pessoa não passa a ser afetada novamente, o que gera uma redução natural no número de casos. A ciência ainda precisa estudar se o 2019-nCoV gera uma resposta imune definitiva ou se uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez.

O governo brasileiro diz que está em alerta inicial. Segundo o Ministério da Saúde, o governo adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país diante do episódio ocorrido na China.

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Entre essas ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS); a notificação da área de portos, aeroportos e fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias.