Ricardo Stuckert revela a beleza e as tradições dos Índios brasileiros
Ricardo Stuckert, um dos maiores expoentes do fotojornalismo no país e que concorre ao Oscar com o documentário Democracia em Vertigem, compartilha todo o seu talento em uma exposição na Aliança Francesa sobre a beleza, cultura e tradições dos Índios brasileiros.

A exposição ”Índios Brasileiros” foi aberta pelo renomado fotógrafo Ricardo Stuckert e pelo embaixador francês Michel Miraillet no dia 23, na galeria da Aliança Francesa na SEPS Q 708/908 e prestigiada por representantes das etnias indígenas.
Neste final de semana o público pode conhecer a pluralidade dos povos originários do país na coletânea que homenageia e mostra a beleza, riqueza cultural e a história de preservação de costumes e tradições dos Índios brasileiros.

Ricardo Stuckert esteve com os índios Yanomami, um dos maiores povos indígenas da América do Sul, em 1997, e ficou fascinado com tudo que viu. Resolveu então percorrer o Brasil em busca desses povos tradicionais e seus hábitos de vida.
Em 2016, ao sobrevoar a floresta Amazônica, Ricardo Stuckert avistou um grupo identificado como índios do Maitá. Suas imagens foram parar nas páginas National Geographic, e o fotógrafo ganhou prêmios e menções internacionais.
“Acho importante divulgar a cultura brasileira e mostrar como vivem hoje os povos originários e acredito que a fotografia tem esse papel de levar para as pessoas dos mais diversos lugares a cultura indígena”, diz o autor da exposição que pode ser vista até o dia 28 de fevereiro.

A exposição “Índios Brasileiros” nos proporciona uma viagem pela historiam , costumes, tradições, rituais e danças das mais de 300 etnias que falam 274 línguas diferentes. Um aprendizado fantástico deste especial fotógrafo premiado.
Ricardo conta que os índios vivem com simplicidade, com aquilo que a floresta oferece. Da terra, tiram os alimentos e das plantas o remédio. Do rio, bebem a água e pescam o peixe para saciar a fome. “Eles têm orgulho de manter a cultura preservada. Nos ensinam a importância de viver em comunidade, de respeitar e preservar a natureza”.
“Nós achamos que somos os donos do mundo. Na floresta, reaprendemos a arte de parar, respirar e conversar, coisa que não fazemos mais hoje porque tudo é online. Lá, é olhar nos olhos e sentir como aquelas pessoas tem a alma pura. Meu grande ensinamento foi ter que pedir permissão espiritual para entrar e entender a cultura do outro. Temos muito que aprender com os indígenas”, diz Ricardo.

O fotógrafo oficial do presidente Lula, Ricardo Stuckert, é de uma família com tradição no Planalto. Quando Ricardo começou como fotógrafo presidencial recebeu de seu pai um ensinamento: “Não basta ser excelente fotógrafo, não pode ouvir, ver ou falar.

Roberto Stuckert, seu pai, foi o fotógrafo oficial do ex-presidente João Figueiredo e Ricardo Stuckert foi o responsável pelas imagens de Lula. Símbolos de uma família que soma outros 31 colegas de profissão, pai e filho conhecem como poucos os corredores do Palácio do Planalto.

Ricardo trabalha na política há mais de 30 anos e tem imagens inéditas dos bastidores do poder. Ele é celebrado por seu profissionalismo, ética e lealdade. Na sua jornada profissional em Brasília ele foi fotógrafo oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por 17 anos.

Vê-lo agora como Diretor de Fotografia do documentário Democracia em Vertigem, de Petra Costa, o único filme brasileiro indicado ao Oscar 2020, é um orgulho para quem trabalha no jornalismo brasiliense. Parabéns Ricardo pela fenomenal exposição sobre os Índios brasileiros e por este reconhecimento internacional.
