Luz aos Invisíveis: é o pedido de socorro do setor de eventos

Empresários da indústria criativa de eventos pedem ações urgentes do poder público pela sobrevivência do setor com ato realizado nesta terça-feira, no Museu Nacional da República e depois seguiu em direção ao Ministério do Turismo.
O movimento Luz aos Invisíveis, é uma mobilização nacional que reivindica atenção do poder público aos problemas enfrentados pela classe cultural e de entretenimento durante a pandemia. Eles estão parados desde que as atividades foram interrompidas há mais de 5 meses e não há previsão para retorno.
O manifesto Luz aos Invisíveis também lembrou as mais de 116 mil vidas perdidas pela Covid-19, com um momento de silêncio.

As reivindicações do setor de entretenimento ao GDF e ao governo Federal são:
- Garantir investimentos previstos na Lei Cultura Viva no âmbito nacional e na Lei Orgânica da Cultura em âmbito Distrital;
- Cumprimento da Lei Aldir Blanc, que destina recursos para empresas, artistas e técnicos.
- Planejamento de um programa de capacitação, treinamento, formalização profissional para os trabalhadores e trabalhadoras do backstage;
- Estudo por parte do IPEA das novas profissões da cadeia produtiva da economia criativa e a inclusão por parte da Câmara dos Deputados e Senado Federal no código Brasileiro de ocupações. Somente estas categorias sem a devida regulamentação da profissão, correspondem de 1,5% a 3% do PIB Nacional;
- Ampliação de prazo de carência do Supera DF;
- Revisão nos prazos dos pagamentos de impostos distritais e federais, tendo em vista que a carência inicial de 3 meses, não atende mais ao nosso setor.
- Auxilio emergencial específico para o setor, que se estenda até a decretação do fim do estado de calamidade pública e autorizada a realização de novos eventos.
- Linha de crédito junto a bancos privados e estatais voltada especificamente para o Setor de Eventos, com concessão desburocratizada e célere, juros subsidiados e carência para início de pagamento, visando o pagamento de salários, despesas das empresas, evitando sua falência.
- Planejamento e criação de um programa nacional de retomada das atividades, com regramento único ao nosso setor, seguindo referenciais internacionais e em consonância com a Organização Mundial da Saúde – OMS, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Sistema Único de Saúde – SUS, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo, objetivando a retomada de forma segura e planejada.


Jorge Luiz, um dos representantes do Coletivo Setor de Eventos,disse que o setor movimenta, sozinho, R$ 936 bilhões por ano, o equivalente a 13% do PIB nacional, e emprega mais de 25 milhões de pessoas.
O grupo foi recebido pela secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça e, junto com ela, conversaram com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal(CLDF), Rafael Prudente também ouviu as reivindicações de quem trabalha com a Indústria Criativa na capital.
“O saldo foi muito positivo. Ficou acordado que todas as reivindicações apresentadas serão analisadas. Um grupo será criado para que o diálogo entre o governo e o setor da indústria criativa de eventos seja mantido para que assim possamos ser ouvidos”, disse Jorge Luiz.