Festival de Cinema de Brasília 2020 abre as portas de forma online

O mais antigo e um dos mais importantes festivais de cinema do país, o Festival de Brasília, com a pandemia provocada pelo novo coronavírus, migra da telona do Cine Brasília para a televisão e para o streaming. Todo o cronograma do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro também precisou ser adaptado em respeito ao distanciamento social.
A 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começa nesta terça-feira (15), em modelo diferente: não serão realizadas atividades presenciais, e o público poderá acompanhar os filmes pelo Canal Brasil e na plataforma de streaming Canais Globo, do conforto do sofá de casa, até o dia 20 deste mês.

Mesmo online, o festival continua a apresentar uma programação ampla, plural em narrativas e enredos, com presença forte de temáticas e produções representativas da arte feminina, afro brasileira e LGBTQIAP+. Foram selecionados mais de 30 filmes, dos 698 inscritos, entre longas e curtas-metragens para a Mostra Oficial Competitiva e a Mostra Brasília. Desses, nove são documentários em longa-metragem. Todas as cinco regiões brasileiras estão representadas no evento
No Canal Brasil, disponível na TV por assinatura, serão exibidos os longas em competição. As sessões ocorrem sempre às 23h.
O Canal Brasil é um serviço por assinatura e transmite para todo o Brasil. Basta escolher a sintonia de recepção, conforme a lista abaixo:
- Sky HD no canal 513;
- Sky SD no canal 113;
- Oi e Via Cabo no canal 66;
- Claro no canal 67;
- NET HD no canal 650;
- NET no canal 150;
- VIVO TV DTH no canal 806;
- VIVO IPTV no canal 656;
Os curtas da seleção oficial e as obras da Mostra Brasília estarão disponíveis na plataforma Canais Globo durante o festival.

O curador do Festival de Cinema de Brasília 2020 é cineasta, historiador e professor Sílvio Tendler, ex-secretário de Cultura do DF. Silvio é considerado um dos mais importantes documentaristas da América Latina, ele produziu e dirigiu cerca de 80 filmes entre curtas, médias e longas-metragens em formato documental, além de séries.
No Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Silvio Tendler foi consagrado com “Glauber, o Filme – Labirinto do Brasil”, que recebeu o prêmio de melhor filme na categoria júri popular, em 2003. Também teve espaço no evento com “Encontro com Milton Santos (ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá)”, que ganhou o prêmio do júri popular em 2006.

Mostra Oficial Longa-Metragem
Dia 15 de dezembro de 2020
- “Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem”
- (Natara Ney, Documentário, PE/RJ/MS, 83 min)
- Canal Brasil, às 23h
Dia 16 de dezembro de 2020
- “Longe do Paraíso”
- (Orlando Senna, Ficção, BA, 106 min)
- Canal Brasil, às 23h
Dia 17 de dezembro de 2020
- “A Luz de Mario Carneiro”
- (Betse de Paula, Documentário, RJ, 73 min)
- Canal Brasil, às 23h
Dia 18 de dezembro de 2020
- “Por Onde Anda Makunaíma?”
- (Rodrigo Séllos, Documentário, RR, 84 min)
- Canal Brasil, às 23h
Dia 19 de dezembro de 2020
- “Entre Nós Talvez Estejam Multidões”
- (Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, Documentário, MG/PE, 92 min)
- Canal Brasil, às 23h
Dia 20 de dezembro de 2020
- “Ivan, O TerrirVel”
- (Mario Abbade, Documentário, RJ, 103min)
- Canal Brasil, às 23h
Mostra Oficial Curta-Metragem
Todos os curtas da mostra oficial estarão disponíveis na plataforma de streaming Canais Globo, entre os dias 15 e 20 de dezembro.
A Mostra Brasília 2020 traz 12 filmes – quatro longas e oito curtas – produzidos no Distrito Federal, sobre temas diversos. A maioria foi financiada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). As obras também estarão disponíveis na plataforma Canais Globo, de 15 a 20 de dezembro.


Longas da Mostra Brasília
- “O Mergulho na Piscina Vazia” – (Edson Fogaça, Documentário, 83min)
- “Cadê Edson?” – (Dácia Ibiapina, Documentário, 72 min)
- “Candango: Memórias do Festival” – (Lino Meirelles, Documentário, 119 min)
- “Utopia Distopia” – (Jorge Bodanzky, Documentário, 74 minutos)
Curtas da Mostra Brasília
- “Algoritmo” – (Thiago Foresti, Ficção, 20min)
- “Questão de Bom Senso” – (Péterson Paim, Documentário, 29m53s)
- “Do Outro Lado” – (David Murad, Ficção, 15m36s)
- “Rosas do Asfalto” – (Daiane Cortes, Documentário, 19m57s)
- “Eric” – (Letícia Castanheira, Documentário, 13m50s)
- “Brasília 60 + 60: Do Sonho ao Futuro” – (Raquel Piantino, Animação, 13mim)
- “Delfini Brasília, Olhar Operário” – (Maria do Socorro Madeira, Documentário, 22m58s)
- “Curumins” – (Pablo Ravi, Documentário, 17m14s)
O Festival de Brasília começou, em 1965, como Semana do Cinema Brasileiro. A iniciativa foi do historiador e crítico Paulo Emílio Sales Gomes, que estava à frente do primeiro curso superior de cinema da Universidade de Brasília (UnB).
Em 1967, o evento adotou o nome Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Nos anos de 1972 a 1974, o festival não foi realizado, no auge repressivo do regime militar, que impôs censura ao evento. Em 2007, o festival recebeu o registro de patrimônio imaterial pelo governo do Distrito Federal.