Brasília já tem a vacina CoronaVac

As primeiras 106 mil doses da CoronaVac, imunizante da farmacêutica chinesa Sinovac produzido em parceria com o Instituto Butantan, chegaram à capital federal na tarde desta segunda-feira (18/1), vindas de São Paulo.

O medo e a angústia começam a ser substituídos pela esperança. Viva a Ciência, Viva a vida.

A aeronave C-130 da Força Aérea Brasileira com as doses da CoronaVac chegou no Hangar da FAB antes das 15 horas. Sob escolta da Policia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, as vacinas foram levadas para a Central da Rede de Armazenamento de Frios da Secretaria de Saúde, no SIA, onde a temperatura de armazenamento das vacinas será verificada. Em seguida, os imunizantes passam por uma climatização, para serem guardados na temperatura adequada.

A vacina CoronaVac precisa ficar armazenada em temperaturas entre 2°C a 8°C, em refrigeração constante. As câmaras frias são fundamentais para manter a qualidade e assegurar a eficácia da vacina, que não pode passar por variação de temperatura, manuseio incorreto, ou problemas como queda de energia, por exemplo.

A segurança e a distribuição nos postos de saúde do Distrito Federal ficará a cargo da Polícia Militar. O secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, acompanhou a chegada do material.
O secretário de Saúde Osnei Okumoto garantiu que o DF tem tem estrutura suficiente para ativar 90 salas para a primeira etapa da vacinação. Ao todo, a Secretaria de Saúde estima imunizar 604,8 mil pessoas nas primeiras fases da imunização no DF.

1ª etapa (189.514 pessoas)
- Trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19;
- Pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas);
- Indígenas.
- Inicialmente, o grupo incluía a população idosa a partir dos 75 anos de idade. No entanto, segundo a SES-DF, essas pessoas não serão vacinadas nesta primeira fase, por determinação do Ministério da Saúde.

Para as etapas seguintes ainda não há imunizante disponível e nem data para início da vacinação. A esperança é que chegue logo os insumos da China para que o Butantan possa continuar produzindo a CoronaVac.
O Brasil tem um bom parque tecnológico com capacidade de produção adequada. Até o momento, o Instituto Butantan tem insumos para mais 4,8 milhões de doses, previstas para serem entregues no fim de janeiro e com pedido de uso emergencial feito na Anvisa nesta segunda-feira (18/1).
Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, são cerca 5 mil litros da matéria-prima – Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) – que estão parados na China. Até o fim do mês, há a expectativa de que um novo lote com o volume próximo ao primeiro chegue ao país.
Fotos: Paulo H. Carvalho e Joel Rodrigues/Agência Brasília