“Egito Antigo: do cotidiano à eternidade” está em cartaz no CCBB

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Réplica de Pirâmide faz parte da mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”,em cartaz no CCBB Brasília

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), é palco da exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”. A coleção já passou pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, e foi eleita a melhor mostra internacional de 2020 pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Em Brasília a mostra ficará até o dia 25 de abril. A visitação é gratuita das 9h às 21h mas para isso os interessados devem retirar o ingresso e agendar a visita pela internet. A mostra segue os protocolos sanitários adotados pelo CCBB Brasília frente à pandemia da Covid-19.

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Peças sobre as tradições funerárias estão na mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”, em cartaz no CCBB Brasília

A exposição conta com 140 peças que ajudam a entender a sociedade egípcia. Os itens vão de esculturas e pinturas, até uma múmia humana da 25ª dinastia. A mostra também apresenta uma seção interativa, com um vídeo de reconstrução 3D de monumentos, baseado em dados reais, que permite aos visitantes percorrer lugares daquela época.

O curador da mostra, Pieter Tjabbes, diz que o principal objetivo é possibilitar um “entendimento qualificado” sobre a cultura egípcia. “Organizamos as obras em diversos recortes, diferentes instâncias, ultrapassando limites temporais e regionais”.

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Par de Sandálias estão na mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”, em cartaz no CCBB Brasília

Pieter Tjabbes informa que muitas peças da exposição são resultantes de escavações do século 19 e início do século 20, e todas são oriundas do Museu Egípcio de Turim (Museo Egizio), na Itália. Aquele espaço foi fundado em 1824, e reúne cerca de 40 mil artefatos do Egito Antigo e possui a segunda maior coleção egiptológica do mundo – depois do Museu do Cairo.

Aqui em Brasília a mostra  “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade” está em um espaço climatizado e com iluminação especial. O local onde está a múmia humana as 25ª dinastia foi ambientado com as mesmas características climáticas de um sarcófago.

A mostra é dividida em três seções: vida cotidiana, religião e eternidade, que ilustram o cotidiano das pessoas do vale do Nilo, revelando características do politeísmo egípcio e as práticas funerárias daquele povo. Cada seção apresenta um tipo particular de artefato arqueológico, contextualizado por meio de coloração e iluminação.

Cor Amarela – retrata a Vida Cotidiana

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Colher e pente revelam o cotidiano dos egípcios na mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”, em cartaz no CCBB Brasília

Os níveis sociais em torno da cultura e das esferas administrativas e sacerdotais eram reservados a altos dignitários, que desfrutavam dos maiores privilégios, praticavam caça e pesca e cuidavam do corpo com óleos, pomadas, banhos e perfumes.

Verde – mostra a Religião

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Estátua Mágica revela a relação dos egípcios com o sagrado na exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”,em cartaz no CCBB Brasília

A segunda parte da exibição mostra um pouco da relação dos egípcios com o sagrado. A religião egípcia era politeísta, marcada por um grande número de divindades maiores e menores. Muitos deuses assumiam a forma animal, e espécies associadas a divindades específicas eram adoradas. Na seção verde, é possível ver algumas múmias de animais, como gatos e peixes.

Outro aspecto importante da religião era a magia, desde a vida cotidiana até os ritos funerários. A mostra também conta com estátuas mágicas, que eram usadas para cura de picadas de cobra e escorpião.

Azul – revela as Tradições Funerárias

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Múmia humana da 25ª dinastia faz parte da exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”, em cartaz no CCBB Brasília

Neste espaço o visitante conhece peças relativas às tradições funerárias e à vida após a morte, como caixões, amuletos, e uma múmia humana da 25ª dinastia.

No Egito a mumificação era considerada uma proteção do corpo para continuar a vida após a morte. Essa função protetora era reforçada pela recitação de fórmulas mágicas, representando espíritos ou divindades particulares, e posicionando amuletos em pontos específicos da múmia.

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Peças de Sarcófagos da mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade” em cartaz no CCBB Brasília

O objeto mais importante era o caixão, com a função principal de preservar o corpo. É possível ver modelos diferentes de caixões, que foram mudando ao longo dos séculos, tanto em forma quanto em decoração.

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Fragmentos de Parede fazem parte da mostra “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”, em cartaz no CCBB Brasília

“Egito Antigo: do cotidiano à eternidade” é uma ótima viagem pelo conhecimento. Recomendo.