Tragédia com os Mamonas completa 25 anos

bernadetealves.com
Dinho, Sergio Reoli, Samuel Reoli, Alberto Hinoto e Julio Cesar Barbosa, integrantes do conjunto Mamonas Assassinas

O dia 02 de março lembra os 25 anos da tragédia que ceifou a vida dos integrantes da banda Mamonas Assassinas. Nessa mesma data, em 1996, o avião onde estavam os Mamonas Assassinas chocou-se contra a Serra da Cantareira, em São Paulo, matando os cinco integrantes do grupo, além de um ajudante de palco, um segurança, o piloto e o copiloto da aeronave.

Vinte e cinco anos se passaram, mas o público não esquece os hits dos anos 1990. O vocalista Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Sérgio Reoli e Júlio Rasec, permanecem vivos na memória dos fãs que cresceram curtindo os sucessos da banda como ‘Chopis Centis’, ‘Vira-vira’, ‘Pelados em Santos’, dentre outros.

Em vida os Mamonas Assassinas lançaram três álbuns de estúdio: “Utopia” (1991), antes da reformulação do grupo, “A Fórmula do Fenômeno” (1992) e “Mamonas Assassinas – O álbum” (1995), que os levou ao sucesso.

Os shows dos Mamonas Assassinas faziam jus ao refrão de um de seus maiores sucessos, Chopis Centis. Ao misturar rock pesado com humor e referências à música popular, os cinco rapazes de Guarulhos, São Paulo, venderam 1,8 milhão de discos com apenas um álbum e sete meses de estrada.

A carreira meteórica do grupo Mamonas Assassinas foi ceifada na madrugada do dia 2 para 3 de março de 1996, quando eles voltavam de uma apresentação em Brasília para passar a noite com as famílias, antes de partir para uma turnê em Portugal.

Os Mamonas deixaram órfãs dezenas de milhares de fãs, a maioria crianças dentre elas meus filhos que estiveram com Dinho e companhia no dia 02 de março de 1996, no San Marco Hotel, antes do show em Brasília. Autógrafos guardados com muito carinho e saudades eternas dos carismáticos jovens talentos.

O jatinho Learjet, modelo 25D prefixo PT-LSD, que transportava os artistas chocou-se contra a Serra da Cantareira, às 23h16, numa tentativa de arremetida. Alexandre Alves, o Dinho; o guitarrista Bento Hinoto; o tecladista Júlio Rasec; o baixista Samuel Reoli; o baterista Sérgio Reoli; o segurança Sérgio Saturnino; o roadie (técnico de apoio) Isaac Souto; o piloto Jorge Luís Martini e o copiloto Alberto Yoshiumi Takeda, morreram na hora.

O enterro, que foi realizado no dia 4 de março de 1996, no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos, São Paulo, teve grande repercussão na imprensa. Mais de 65 mil fãs marcaram presença para se despedir. De maneira respeitosa e distante, o enterro foi transmitido por emissoras de televisão aberta, com direito a várias interrupções na programação para dar mais informações.

bernadetealves.com
Morte dos Mamonas completa 25 anos

Juntos, os músicos quebraram uma gama de recordes da indústria fonográfica, como maior número de vendas em um dia só (25 mil cópias); disco de estreia mais vendido da história (3 milhões de cópias); e, até hoje, continua sendo um dos discos mais vendidos da história do Brasil (ocupando a 9ª posição).

Na época, a banda vivia o auge de seu rock cômico com um emaranhado de influências, que iam de forró a música portuguesa, e se tornou um fenômeno democrático, que agradava todas as faixas etárias.

Os  hits dos Mamonas mais ouvidos hoje no Brasil, com base em dados do Spotify

‘Pelados em Santos’

O convite para um programa amoroso na cidade de Santos, em São Paulo, a bordo de uma Brasília amarela se tornou o maior hino do grupo. Ao longo dos anos, ganhou uma série de regravações – a mais famosa delas, lançada pelos Titãs em seu álbum de covers de 1999.

‘Chopis centis’

O passeio no shopping mais famoso da música brasileira. A parte instrumental faz referência a “Should I stay or should I go”, da banda punk inglesa The Clash, embora a sequência de acordes não seja exatamente a mesma.

‘Vira-vira’

Um clássico dos Mamonas. Sátira do cantor português Roberto Leal (1951-2019) e de sua canção “Arrebita”, lançada no início dos anos 1970. A música deu vida nova à popularidade do artista português no Brasil nos anos 90. Em entrevistas, Leal costumava dizer que se sentia homenageado e se tornou amigo dos Mamonas.