Envelhecer com qualidade tem a ver com flora intestinal

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Envelhecer com qualidade tem a ver com flora intestinal

Com o intuito de descobrir as bases do envelhecimento saudável, pesquisadores americanos observaram as alterações da flora intestinal de mais de 4 mil adultos entre 18 e 98 anos, e concluíram que o segredo para se viver mais e melhor pode estar na alteração das bactéricas, vírus e fungos que habitam nossa flora intestinal.


O estudo publicado na revista científica “Nature Metabolism” apontou que a variação no sistema digestivo pode ter relação com longevidade e qualidade de vida e que nas nossas entranhas está a chave de como envelhecer bem.

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Exercícios físicos colaboram com a saúde em geral

No estudo foi observado que pessoas que tiveram uma alteração significativa no microbioma ao longo dos anos, alcançando um perfil único de microrganismos, também tinham níveis mais elevados de compostos promotores de saúde no sangue, incluindo compostos produzidos por micróbios intestinais que lutam contra doenças crônicas.


As descobertas indicam que o envelhecimento saudável do microbioma intestinal envolva o esgotamento de um determinado núcleo de micróbios e a sua substituição por micro-organismos menos comuns.

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Relação entre microbiota e envelhecimento

De acordo com os pesquisadores, as alterações no intestino começam ocorrer após uma certa idade na fase adulta e vão se tornando cada vez mais exclusivos. Esse fato foi notado tanto em homens quanto em mulheres, mas por uma razão que ainda não se sabe qual, o fato foi 50% mais pronunciado em mulheres.

Os autores no estudo afirmam que esse novo fato pode ajudar cientistas do mundo inteiro a compreender um pouco mais sobre o ainda desconhecido processo de envelhecimento e apontar caminhos mais exatos para a medicina e seus tratamentos. Em pessoas saudáveis, o intestino mantém um certo equilíbrio, em que as bactérias relacionadas a saúde intestinal superam as causadoras de doenças.

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Envelhecer com qualidade tem a ver com flora intestinal


De acordo com a doutora Hilde Groot, da Universidade de Groningen, na Holanda, a flora intestinal ou microbiota, tem papel relevante na manutenção da saúde e pode ajudar a desenvolver novos tratamentos.


A doutora Groot diz que níveis elevados da bactéria do gênero Ruminococcus estavam ligados ao risco aumentado para pressão alta. Em relação ao consumo de álcool, afirmou que tudo o que comemos e bebemos tem relação com o perfil do microbioma: “observamos níveis aumentados de Methanobacterium quando há consumo frequente de bebida. São achados que sustentam a tese de associação entre as substâncias produzidas em nossa microbiota intestinal e doenças”. E nós com isso?, pergunta. “Num futuro não muito distante, podemos imaginar alimentos capazes de mudar o perfil da flora intestinal e diminuir os riscos de algumas doenças”.

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Inúmeras publicações mostram que ter bactérias benéficas no intestino evita problemas com o peso, com o humor e até do coração. Um estudo recente, publicado na Journal of the American Medical Association mostra a importância do microbioma humano.

A maior e mais complexa microbiota (flora intestinal) do nosso corpo é a do intestino. Cada indivíduo possui uma microbiota intestinal única, que se desenvolve de acordo os hábitos de vida, uso de medicamentos, estresse e, até, a localização geográfica.

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Microbiota ou flora intestinal

O microbioma é composto por trilhões de microrganismos que podem conviver em simbiose com o ser humano, ou seja, sem causar qualquer tipo de doença ou malefício ao seu bem-estar. Pelo contrário, auxiliam desde o nascimento, na manutenção de funções fisiológicas.

Uma microbiota saudável é capaz de produzir vitaminas, promover melhor absorção de nutrientes e fermentar fibras que levem à produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), moléculas com atividade anti-inflamatória. A microbiota, quando rica e bem povoada pelas bactérias de boa qualidade, tem o poder inclusive de reequilibrar as nossas emoções.

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O microbioma intestinal é composto por trilhões de microrganismos que podem conviver em simbiose com o ser humano, ou seja, sem causar qualquer tipo de doença ou malefício ao seu bem-estar. Pelo contrário, auxiliam desde o nascimento, na manutenção de funções fisiológicas.

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Desconforto intestinal

Quando ela fica desequilibrada, a gente logo sente, porque é aí que aparecem problemas como doenças autoimunes, cardiovasculares, demência, autismo e até câncer. Esse equilíbrio é importante porque as substâncias liberadas quando as bactérias fermentam os alimentos são essenciais para a manutenção do bem-estar, do bom humor, das capacidades cognitivas e para a força do sistema imunológico.

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Alimentação antienvelhecimento

Alimentação variada e de qualidade significa reduziu o consumo de açúcar, farinhas refinadas, comidas altamente processadas e passar a comer mais vegetais e comidas naturais. Isso garante qualidade de vida e ajuda a controlar o peso. Álcool, fumo, remédios, alimentação industrializada mata não só as bactérias saudáveis, mas o indivíduo também.

Fotos: Divulgação