Anvisa autoriza Fiocruz produzir vacina contra Covid-19 100% nacional

bernadetealves.com
Prédio da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro


Hoje é um dia importante para os brasileiros. A Anvisa aprovou, nesta sexta-feira, dia 7, o registro do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com isso, o Brasil terá um imunizante produzido totalmente em território nacional.


Agora, o “ingrediente” da vacina (o IFA) será produzido no país, em vez de ser importado de fora. Tanto o IFA usado pela Fiocruz quanto o da Coronavac, feita no Brasil pelo Butantan, vêm da China. Assim, a disponibilidade do IFA nacionalmente dará mais independência ao fluxo de fabricação no Brasil. No ano passado, a Fiocruz precisou atrasar a entrega de vários lotes de vacina por falta do IFA.


A produção interna no Brasil ocorre graças a um acordo de transferência de tecnologia firmado entre a Fiocruz e a AstraZeneca, detentora da patente da vacina.

bernadetealves.com
Fiocruz passará a fazer vacina contra Covid-19 100% nacional após aprovação da Anvisa


A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que é uma grande conquista da sociedade ter uma vacina produzida integralmente em Bio-Manguinhos/Fiocruz. “A pandemia de Covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com essa aprovação hoje pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde [SUS] para essa vacina, que vem salvando vidas e contribuindo para a superação dessa difícil fase histórica do Brasil e do mundo”.


A previsão da Fiocruz
é de que as primeiras doses do imunizante sejam envasadas ainda em janeiro e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro. Brasileiros serão imunizados contra a Covid-19 com vacina produzida integralmente no país.


Viva a Fiocruz e seu corpo técnico-científico. Viva a Educação, Ciência e Tecnologia.


Fotos: Ricardo Borges/Veja e Ricardo Moraes/Reuters