Dida Sampaio, premiado fotojornalista, morre aos 53 anos em Brasília

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Dida Sampaio, premiado fotojornalista, morre aos 53 anos em Brasília e deixa jornalismo de luto

É com pesar que registro o falecimento de Dida Sampaio, ocorrido hoje em Brasília, aos 53 anos, em consequência de um aneurisma. O cearense Francisco de Assis Sampaio, conhecido como Dida, radicado em Brasília desde a infância, teve um AVC no dia 10 deste mês e estava internado desde então.


Dida Sampaio deixa a esposa Ana e os filhos Raíssa, Felipe e Gabriel. Nossos sentimentos à família do premiado fotojornalista e ser humano especial que iluminou caminhos e espalhou esperança.


Sua morte deixa o jornalismo de luto e nosso coração entristecido.
Dida foi o mais importante repórter-fotográfico de sua geração. Era considerado o maior fotojornalista da cena política no Brasil. Dida documentou com intensidade o período democrático a partir de Brasília.


Atuava de forma intensa da apuração nos bastidores do poder à publicação dos fatos obtidos de fonte segura. Enxergava além das lentes casos encobertos nos corredores do Congresso Nacional.

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Dida Sampaio, maior repórter fotográfico da cena política brasileira, morre aos 53 anos

Muito mais que um caçador incansável dos furos de reportagem, Dida também registrou a história viva. Em 2017 registrou a violência no campo. Ele abraçava as pautas das grandes histórias com coragem e determinação.


As lentes de Dida
congelaram movimentos dos presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. E, também, de líderes mundiais.


Além do mais era um profissional exemplar. Entendia de política de forma excepcional e colaborava muito com o jornalismo brasileiro. Sabia ler as pessoas e conquistar confiança. Era conhecido pela devoção ao ofício, além do tratamento sempre cortês e generoso com os colegas.


Dida trabalhava atualmente no jornal “O Estado de São Paulo”. Também trabalhou como fotógrafo do Correio Braziliense e está entre os fotojornalistas mais premiados do Brasil.

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Congresso Nacional pelas lentes de Dida Sampaio, ícone do fotojornalismo brasileiro


Mesmo tendo recebido inúmeros prêmios continuava simples
, apaixonado pelo que fazia e criterioso pela qualidade de seus registros. Dida distribuía empatia por onde passava e abria as portas para para repórteres iniciantes e ensinava a leitura política. Para ele o ”protagonismo tem que ser da foto e não do fotógrafo”.


Uma perda inestimável. Dida vai fazer muita falta. Descanse na paz ícone da cobertura fotográfica do poder.


Fotos: Reprodução