Beijo: a soma de todos os afetos que cura e transforma vidas

Celebramos neste 6 de julho o Dia Internacional do Beijo. A data homenageia um dos gestos, de afeto, de amizade e de proteção, mais intensos entre os seres humanos. É uma maneira de dizer mil coisas em silêncio e pode significar muito mais do que imaginamos.

O beijo sempre contém um significado onde traz sentidos relacionados a conforto, prazer, despedidas e tranquilidade. Com todos esses sentidos atribuídos ao beijo, normalmente, através dele, ocorre a diminuição do estresse, da ansiedade e de mudanças na vida do outro.
Dentre todos os gestos de afeição, o beijo de mãe é demonstração do mais puro amor, carinho, proteção e gratidão com poder de cura. O ato funciona como um adoçante natural e tem um poder de cura que desvanece todas as preocupações dos filhos.

Quando a criança cai ou ser magoa, corre para a mãe à procura de conforto. Os beijinhos da mamãe são o melhor remédio para as lágrimas, para o medo à noite no berço, para as cólicas, para os machucados ou para os dias de resfriado. Quando os filhos estão maiores carrega as baterias e dá energia para superar obstáculos.
O beijo da mamãe transmite segurança, reforça a autoestima, alimenta a formação de uma personalidade equilibrada, cria condições para o estabelecimento de relações pessoais e sociais gratificantes, entre muitas outras vantagens.

Os benefícios dos beijos da mamãe para os filhos são confirmados por um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos EUA e publicado no The Journal of American Parenting. A pesquisa concluiu que 248 crianças que tiveram pequenos acidentes ou quedas se sentiam mais aliviadas quando as mães beijavam o local onde doía do que aquelas que apenas tomavam remédios para a dor.
“O toque afetivo da mamãe liberta ocitocina, hormônio que produz uma sensação de bem-estar geral o que faz com que a criança sinta algum alívio da dor”, conclui o estudo.
Este resultado realça a importância do amor e do carinho dos pais para aumentar o conforto emocional das crianças. Contudo, isto não significa que não seja necessário cuidar da ferida ou procurar ajuda médica. O afeto e a criação de uma relação emocional saudável entre pais/filhos estão entre os aspetos fundamentais do crescimento saudável.
Este “poder de cura” é porque o beijo de mãe é mais doce, o amor é o mais sincero, o abraço mais aconchegante, o carinho mais certo e o perdão é sem limite.

Existem várias formas de demonstrar carinho a alguém que queremos bem e uma delas é através do beijo na testa, na mão, que pode ser dado tanto em um familiar, quanto em um amigo ou namorada (o).
O beijo na testa pode acompanhar uma pessoa em diferentes momentos da vida: quando está sendo colocada para dormir, ainda criança; quando está sendo levada até o altar, na vida adulta; quando está passando por um momento difícil e recebe essa forma carinhosa de consolo, em qualquer momento da vida.

Esse gesto cheio de carinho traz uma sensação de segurança e de confiança para quem está precisando de um ombro amigo. Embora essas sensações possam ser percebidas por quem recebe e por quem dá o beijo na testa, há um significado oculto e poderoso desta forma de beijar.
Poder do Beijo na testa

O local da testa que normalmente é beijado está entre as sobrancelhas de uma pessoa. Esse é o ponto no qual está localizado o chakra ajna, que concentra e equilibra as energias referentes a conhecimento, intuição e percepção. Por esse motivo, esse local é conhecido como terceiro olho, aquele que é capaz de ver o que não está no mundo material.
O ponto entre as duas sobrancelhas é onde está localizada a glândula pineal, responsável por promover o contato entre o corpo terreno e o corpo espiritual. Quando uma pessoa está sofrendo tensão, desânimo, tristeza e desmotivação, pode ser que ela precisa se reconectar com o divino e liberar as energias negativas que rodeiam a glândula pineal.

Um simples beijo na testa, onde de encontra o chakra ajna, funciona como um beijo na alma da outra pessoa. É uma forma de transmissão de energias muito benéfica para ambos os envolvidos. Para despertar o terceiro olho de maneira correta, espiritualistas recomendam segurar a cabeça da outra pessoa com as duas mãos, acima das orelhas, e dê um beijo entre as sobrancelhas, de olhos fechados. Imagine um triângulo que tem Deus na ponta mais alta, você na primeira ponta de baixo e a outra pessoa na outra ponta. Dessa forma, você terá ativado a glândula pineal e a comunicação entre corpo material e divino.
O beijo, a soma de todos os afetos, está sempre presente e é uma importante demonstração humana, principalmente nas sociedades ocidentais, de afeto e carinho. Seja na bochecha, no cantinho da boca, de “borboleta” ou na testa… Não importa onde seja, o importante é demonstrar afeto e cuidado com o outro todos os dias para as energias fluírem melhor.

Beijo é símbolo de pureza, uma forma de conexão entre duas almas.
A Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional define o beijo como uma “expressão de afeto fundamental para fortalecer e manter os laços”.
“O beijo proporciona uma série de benefícios importantes para a saúde, sejam físicos ou emocionais”, afirma Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexologia Clínica, membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana).
Benefícios do beijo no corpo humano

Segundo estudo publicado no Annual Meeting of the American Association for the Advancement of Science (AAAS), o beijo estimula a liberação de hormônios neurotransmissores como dopamina e serotonina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar e redução do estresse.
O beijo tem a capacidade de aumentar o desempenho do sistema imunológico, uma vez que as bactérias que normalmente circulam na troca de secreção e saliva são importantes para ajudar o organismo a ganhar mais resistência. A troca de saliva pode auxiliar na criação de anticorpos e equilibrar as defesas imunológicas. Porém, caso uma das partes esteja doente, existe a possibilidade de transmitir algum vírus.
Durante um beijo o ser humano queima cerca de duas a três calorias por minuto. A perda se dá pela movimentação dos 34 músculos faciais e dos 112 músculos relacionados à postura. O beijo também provoca uma vasodilatação no corpo. Melhora a autoestima: um bom beijo aumenta a produção de ocitocina, conhecido como o hormônio do amor e do afeto, e da vasopressina, hormônio cuja ação está associada ao fortalecimento de vínculos afetivos.
O beijo estimula a produção de saliva, eliminando as bactérias prejudiciais aos dentes, reduzindo também o acúmulo da placa bacteriana.

Beijar na boca está intimamente ligado ao desejo sexual. Em ambos os sexos, o beijo na boca libera testosterona, o principal hormônio responsável pela libido e pela atração sexual. Especialistas dizem que “Se o casal costuma se beijar com frequência, a relação íntima se torna muito mais prazerosa. Já a ausência ou escassez de beijos é um fator altamente relacionado à falta de orgasmo nas mulheres, à disfunção erétil e, consequentemente, à insatisfação sexual do casal”.

Estudos mostram que o contato com pets pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade. Abraçar e beijar o pet libera hormônios que ajudam a diminuir a pressão arterial e a frequência cardíaca, o que pode ajudar a reduzir o estresse. Assim como os animais de estimação têm um efeito calmante sobre nós, eles também são beneficiados com nosso gesto de carinho.

Curiosidades sobre o Beijo

Alguns cientistas acreditam que a origem do beijo está no olfato.
Durante muito tempo, cheirar o rosto da pessoa amada era um sinal de afeto e prazer. O roçar da boca passou a ser consequência dos atos de cheirar o rosto do parceiro, surgindo assim os primeiros beijos.
Outra teoria diz que o beijo surgiu a partir de uma experiência de afeto e atenção dos nossos antepassados: a alimentação. Os filhos recebiam dos pais a comida mastigada diretamente na boca. Este ato teria ficado registrado como um símbolo de carinho e amor.
Em média, ao longo da vida, uma pessoa troca 24 mil beijos, entre familiares, amigos e amores.

No reino animal, diferentes sinais de afeto foram observados entre casais e grupos familiares. É o caso dos chimpanzés, que trocam beijinhos depois de uma briga. Há diversos estudos que já comprovaram que outros primatas têm o costume de beijar. Para eles o beijo é uma forma de reconciliação, e não um ato afetivo, sendo mais comum entre machos.

O beijo na boca, como aqueles em relacionamentos amorosos entre pessoas, é compartilhado também pelos bonobos (pigmeus), que se beijam com mais frequência e costumam usar suas línguas no gesto, o ato também não tem conotação afetiva, mas sexual.

Fotos: Reprodução