Tecnologia milagrosa elimina uso de absorventes

Lidar com o fluxo menstrual não é fácil. Além do incômodo, a mulher sente dor, cansaço e desconforto. E ainda por cima, precisa gastar dinheiro com absorventes que poluem o meio ambiente. De acordo com ginecologistas, uma única mulher tem cerca de 450 ciclos menstruais ao longo da vida. Isso equivale a mais ou menos 12.000 absorventes descartados nesse período, 180 kg de lixo que levam 500 anos para se decompor. Ficar livre do absorvente é questão de saúde e preservação.

Pensando nisso e na mulher prática, econômica, tecnológica e sustentável, duas estudantes da UFRGS criaram em 2017 criaram calcinhas menstruais que dispensam o uso de absorventes descartáveis. As gaúchas Nicole Zagonel dos Santos, 26 anos, e Raissa Assmann, 24 anos, estudantes de engenharia química, criaram a primeira calcinha menstrual brasileira, com tecnologia e matéria prima nacional, desenvolvida pela HERSELF. O lançamento ocorreu em agosto de 2017.

Elas explicam que as calcinhas são como as tradicionais, apenas com a diferença que são compostas por camadas de tecidos que permitem o seu uso durante a menstruação de forma segura e confortável. “As calcinhas são produzidas com tecido tecnológico e possuem todas as propriedades de um absorvente convencional: resistente a fungos, antibacteriana, resistente a vazamento, e controla odores”, explica Nicole.

A roupa íntima, desenvolvida com tecnologia de ponta, oferece conforto para a mulher fazer todas as atividades sem preocupação. De acordo Raissa o período de uso é de até 12 horas e a peça é reutilizável com tecnologia de secagem rápida e à prova d’água. A vida útil da calcinha é de aproximadamente 2 anos. As calcinhas absorvem todo tipo de líquido, como menstruação, suor, escapes leves da bexiga, corrimento vaginal e outros fluídos naturais.

A marca ganhou o reforço de Francielle Bitencourt, 26 anos, estudante de História da mesma universidade. As três resolveram lançar também biquínis. As peças seguem a mesma tecnologia das calcinhas menstruais: a parte de baixo é revestida por um tecido absorvente e com função antimicrobiana que evita fungos, bactérias e odores. A diferença entre os dois é que o biquíni tem uma camada extra que segura o sangue da menstruação e deixa a água passar, quando está em contato com a pele, na piscina e no mar. E outra diferença é a questão do tempo de uso, a calcinha segura uma boa absorção por até 12 horas e o biquíni por 6, devido ao tecido antimicrobiano. Para reutilizar o biquíni, basta lavá-lo com água fria.

A Herself, além de apoiar a sustentabilidade, reduzindo a quantidade de absorventes e lixo, também promove uma coleção bastante inclusiva. Os tamanhos variam entre 32 e 60 para modelos com corpos diferentes. Uma modernidade que deixa a mulher segura e confortável em qualquer ocasião.