Dia Mundial do Diabetes
O dia 14/11 foi a data criada para chamar a atenção dos cidadãos e governantes para a problemática do diabetes e suas necessidades. Trata-se de uma doença silenciosa, cujos sintomas podem demorar anos até se manifestarem. Por isso, os cuidados para preveni-la e tratá-la devem ser constantes.
Segundo dados da International Diabetes Federation (IDF), só no Brasil são mais de 14 milhões de portadores da doença – cerca de 9,4% da população total. De acordo com o levantamento, são diagnosticados, diariamente, 500 novos casos, o que vem a confirmar a importância da data, e, sobretudo, de políticas públicas eficientes e eficazes.

O Distrito Federal conta com uma rede de referência no diagnóstico e tratamento da doença. Nesse sentido, os quase 2 mil pacientes atendidos por mês têm a sua disposição o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), na Entrequadra 208/408 Norte, e o Centro de Atenção ao Diabético e ao Hipertenso (CADH), que funciona no Hospital da Região Leste (HRL, antigo Hospital do Paranoá). Além disso, o acompanhamento de pacientes com diabetes também é feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada cidade.
Um fato curioso da doença, desconhecido por parte da população, é que a diabetes elevada compromete outros órgãos do corpo humano, como os rins. Em torno de 30% dos pacientes que fazem hemodiálise no Brasil, tiveram sua insuficiência crônica dos rins causada pelo diabetes.
A Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamento e transplantes de rins, alerta que a nefropatia diabética é uma das complicações que mais acomete os diabéticos. “Ela leva à perda de proteínas na urina e tende a piorar com o passar do tempo, levando o paciente a insuficiência renal crônica. Muitos dos que ingressam no tratamento de hemodiálise são diabéticos”, explica o nefrologista e presidente da Instituição, Dr. Marcos Vieira.
Para reduzir o risco de desenvolver este problema, o médico orienta que diabético deve manter um bom controle do açúcar no sangue. “É imprescindível que o paciente, pelo menos uma vez por ano, realize um teste de albumina (um tipo de proteína) na urina, cuide da pressão arterial e o faça o uso correto de medicamentos conforme orientação médica”. O médico ainda alerta que estes pacientes devem evitar o consumo de álcool, cigarros, praticar exercícios físicos frequentemente, controlar o peso e ainda seguir uma dieta rigorosa.
Diversas atividades estão sendo realizadas pelas Regionais da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia pelo Dia Mundial do Diabetes. No dia 11 de novembro, a SBEM-DF e a SBD-DF promoveu ação pelo Novembro Diabetes Azul em Brasília. No Eixão do Lazer,na altura da quadra 106 sul,foi realizada a Pedalada Azul.
A data é comemorada em 181 países. Esta campanha mundial é representada por um símbolo, um círculo azul. O círculo simboliza a união e a cor azul é a mesma da bandeira das Nações Unidas, a única entidade que conseguiu sensibilizar os governos de vários países sobre a importância de reverter a epidemia global de Diabetes.
O Dia Mundial do Diabetes foi instituído para chamar atenção do público e de autoridades de saúde para os problemas desta grave doença em crescimento em todo o mundo. O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, causada pela falta de insulina ou incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue.
Fatores de risco da doença:
– Idade igual ou superior a 45 anos
– História familiar de Diabetes Mellitus (pais, filhos e irmãos)
– Excesso de peso (IMC igual ou maior a 25Kg/m²)
– Sedentarismo
– Taxa de HDL-c (“bom” colesterol) baixa ou de triglicérideos elevada
– Hipertensão Arterial
– Diabetes Mellitus gestacional prévio
– Macrossomia ou história de abortos de repetição ou mortalidade perinatal
– Uso de medicamentos hiperglicemiantes: corticosteroides, tiazídicos, betabloqueadores