Cartilha do Inca derruba mitos e dietas anticâncer
O brasileiro tem comportamento pouco saudável na prevenção do câncer e tem desconhecimento dos sintomas importantes que possibilitariam o seu diagnóstico precoce. E mais: não se preocupa com os exames preventivos. Estas são constatações de pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.
Apesar de temer a doença as pessoas tem conhecimentos falhos sobre o câncer e vai atrás de qualquer dica de tratamento. Com base nisso é necessário os governantes e a sociedade identificar as principais lacunas do conhecimento reduzir o risco e aumentar o diagnóstico precoce do câncer.
Estudos mostram que optar por alimentos de base agroecológicas ou orgânicos é sempre o ideal, pois além de contribuir para a preservação do meio ambiente são saudáveis. Os vegetais são considerados alimentos protetores que não podem faltar na alimentação. Nos vegetais são encontradas vitaminas, minerais, fibras, e fotoquímicos que previnem contra diversos tipos de câncer.
Cientistas comprovam que reduzir o seu consumo pode aumentar consideravelmente o número de casos de câncer. Com base em estudos e para combater as falsas informações que circulam pelas redes sociais,desde vacinas até alimentos milagrosos para a cura da doença, o Intituto Nacional do Câncer produziu uma cartilha para sanar as dúvidas das pessoas com relação às dietas anticâncer.
Com a popularização de aplicativos de mensagem, a divulgação das chamadas fake News, acontece de forma ainda mais rápida e intensa. Porém, acreditar nessas notícias pode trazer graves consequências para pacientes oncológicos, dificultando o tratamento e agravando o já frágil quadro de saúde. Seguir dicas sem embasamento científico pode comprometer a saúde e o tratamento de pacientes com câncer.
Segundo o Inca, nenhum alimento tem poder de curar o câncer. Mas uma alimentação variada, com frutas , legumes, verduras, leguminosas e castanhas, auxilia na prevenção e no tratamento da doença.“Quanto mais colorida for a alimentação, mais fortalecidas estarão as defesas do seu corpo”, diz a cartilha.
Durante o tratamento, é importante ingerir proteína de várias fontes, seja animal ou vegetal. O nutriente é o principal componente estrutural das células e desempenha funções que vão desde a construção dos músculos até a síntese de hormônios. Além de alimentos de origem animal, como carne, ovos e leite, são boas fontes de proteína: feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha e castanhas.
A cartilha diz que todas as células do corpo, inclusive as de um tumor, usam glicose como fonte de energia. E a glicose vem de carboidratos, como farinha de trigo, mandioca, açúcar e arroz. Estudos realizados em laboratório mostraram que a restrição de glicose reduziria o crescimento do tumor. Mas não há pesquisas com humanos. Por isso, o Inca considera que as evidências científicas não são suficientes para banir o carboidrato da dieta.
Fora que, sem carboidrato, o corpo pode acabar tendo que usar outros meios para obter energia, como as proteínas dos músculos – e perder músculos não é bom para quem está em tratamento.“Também não é verdade que se você comer carboidratos durante o tratamento a quimioterapia não vai funcionar”, diz um trecho do texto.
Na cartilha, o INCA orienta seus pacientes sobre mitos relacionados a restrições alimentares e alimentos milagrosos durante o tratamento oncológico.