Pacaembu: de palco de futebol a palco da vida

O Estádio Municipal do Pacaembu, há oito décadas, abria as portas para o público na Praça Charles Miller, na cidade de São Paulo. Inaugurado em 27 de abril de 1940, a construção na zona oeste da Capital se tornou um dos símbolos mais charmosos da maior cidade do País.

Com capacidade para 70 mil pessoas, o Pacaembu era o maior estádio de futebol da América Latina. Anos depois foi rebatizado de Paulo Machado de Carvalho, nome do chefe das delegações do Brasil nas conquistas da Suécia (1958) e do Chile (1962). Misturado ao nome do bairro, o monumento sediou eventos culturais marcantes.
Foi palco de seis partidas de Copa do Mundo de 1950 e de grandes momentos do futebol paulista como o confronto entre Brasil 2 x Suíça 2, no 28/6/1950, na história dos Mundiais. Diante de mais de 42 mil pessoas e depois de uma goleada no México na estreia, a Seleção dava mais um passo rumo à decisão do torneio.
Entre os capítulos desta história, jogos na Copa de 1950, as despedidas de Romário e Ronaldo fenômeno da seleção brasileira e as conquistas da Libertadores da América por Santos (2011) e Corinthians (2012). Além disso, o gramado virou palco para receber o beatle Paul McCartney e o primeiro show dos Rolling Stones no Brasil.

O símbolo da memória afetiva da cidade completa 80 anos nesta segunda-feira. O Pacaembu é mais que aço e concreto, é palco de combate à Covid-19. O octogenário cedeu seu campo, palco de inúmeras alegrias e histórias, para a construção de um Hospital de Campanha para salvar vidas.
