Lei Maria da Penha: um basta ao intenso sofrimento da mulher
Em 7 de agosto de 2006 nascia a esperança para as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar: a Lei Maria da Penha. Foram décadas de luta por justiça até o surgimento de uma ferramenta para combater a violência contra as mulheres brasileiras.
Maria da Penha Maia Fernandes é uma farmacêutica brasileira que sofreu duas tentativas de homicídio pelo ex-marido. A última em 1983, enquanto dormia levou um tiro em suas costas que a deixaram paraplégica. Ela lutou por 20 anos para que seu agressor fosse condenado.
Maria da Penha é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres. Ela fundou o Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos que trabalha no combate à violência contra as mulheres.
É muito importante que todas nós mulheres, não só neste dia, mas de forma permanente, nos engajamos nesta luta pelo fim da violência e para que os homens nos respeitem.
Lei Maria da Penha transformou, em 2006 durante o governo Lula, a sociedade e criou uma geração de meninas conscientes dos seus direitos e com sentimento de pertencimento. A palavra feminina começou a ter respeito. A Lei Maria da Penha é considerada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas (Unifem), da Organização das Nações Unidas, uma das três leis mais avançadas entre os países que têm regulamentação sobre o tema.
A Lei 11.340/06, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, completa nesta sexta-feira, 14 anos de vigência, é feito um apelo para que parentes, amigos e vizinhos que presenciarem situações de violência vividas por uma mulher, não se calem.
Muitas vezes uma mulher não tem coragem ou não pode comunicar seu intenso sofrimento, mas isso não impede que alguém que perceba isso possa comunicar a alguma autoridade policial.
Vamos trabalhar de forma integrada e Discar 180. Violência contra a Mulher não tem desculpa. Tem Lei.
