Osteoporose: a inimiga silenciosa da mulher

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Dia Mundial da Osteoporose: cuidar para não quebrar

Considerada a doença óssea mais comum entre todas as que acometem o esqueleto, a osteoporose se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, o que faz que os ossos se tornem mais fracos e, portanto, mais suscetíveis a quebras. É um sério problema de saúde pública.

Por ser silenciosa a maioria das pessoas não sabe que tem a doença até o momento da fratura. Imagine não ser mais capaz de digitar ou escrever, de se levantar ou se locomover. Essas são algumas das consequências das fraturas decorrentes da osteoporose. Estima-se que mais de 10 milhões de pessoas tenham osteoporose. A doença afeta especialmente as mulheres no período posterior à  menopausa.

Em todo o mundo, os esforços de cientistas e médicos têm sido no sentido de prevenir os desfechos mais frequentes como a fratura do antebraço, das vértebras e do quadril, que podem acontecer durante a prática de atividades do dia a dia como tossir ou curvar-se, também chamadas de fraturas de baixo impacto.

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Osteoporose: a inimiga silenciosa da mulher e também do homem

O 20 de Outubro é o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. Uma data que marca um ano de campanha  dedicada à conscientização global sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da osteoporose, uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.

Para entender o que acontece, segundo o Dr. Dráuzio Varela, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio. Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas osteoclastos encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas e por outras, os osteoblastos, cuja função de produzir ossos novos.

Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que a mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.

O ortopedista Paulo Lobo diz que medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância  e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. “Durante a infância e adolescência construímos um ‘banco de ossos’, que será a base para toda a nossa vida”.

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Para construir uma boa reserva de osso, o especialista recomenda ingerir diariamente cálcio, principalmente pelo consumo de leite e derivados, praticar exercícios físicos e sintetizar a vitamina D, por meio da exposição moderada ao sol. Esses hábitos de vida saudáveis permitem que aos 30 anos de idade a pessoa alcance um pico de massa óssea maior. Essas regras devem ser mantidas durante toda vida.

Principalmente, a atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.

A perda óssea faz parte do processo natural do envelhecimento. O objetivo, do Dia Mundial e Nacional da Osteoporose é investir na saúde dos ossos desde a infância até a maturidade. Essa doença silenciosa não é só inimiga das mulheres idosas é, também, dos homens.

As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur (a mais incapacitante); punho (osso rádio) e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura, o desgaste ósseo, deformidade, incapacidade e perda de altura.

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Osteoporose: fases de perda óssea
Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose destacam-se:
  • História familiar da doença;
  • Pessoas de pele branca, baixas e magras;
  • Asiáticos;
  • Deficiência na produção de hormônios;
  • Medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
  • Alimentação deficiente em cálcio e vitamina D
  • Baixa exposição à luz solar;
  • Imobilização e repouso prolongados;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Consumo de álcool;
  • Certos tipos de câncer;
  • Algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.

Segundo nutricionistas, ter uma alimentação saudável e balanceada, evitar cigarro e álcool, manter-se fisicamente ativo e ingerir quantidades adequadas de cálcio, é um passo importante para construir e manter ossos fortes e saudáveis ao longo de toda a vida.

Dicas para manter os ossos saudáveis:

  • Capriche no consumo de alimentos ricos em cálcio como o leite, queijos e iogurte. E pode, ser até os do tipo magros, que não perdem quase nada da concentração do nutriente;
  •  Exponha-se ao sol especialmente perto das 13 horas (bastam 15 minutos diários da luz solar) , sempre respeitando os cuidados determinados pelo seu dermatologista;
  •  Pratique atividades físicas apropriadas para as suas condições de saúde, idade e peso. Os exercícios mais indicados são os de resistência (musculação), aeróbicos (caminhada e corrida) e pilates (aumenta a massa óssea e ainda melhora o alongamento). Essas práticas também trabalham o equilíbrio e os reflexos, o que ajuda a evitar quedas. A natação e o ciclismo não são esportes tão indicados, isso porque mantêm a musculatura, mas não oferecem impacto, que é importante para estimular a produção de massa óssea.
  • Evite fumar;
  •  Modere o consumo do álcool;
  • Fale com seu médico se já chegou a hora de fazer uma densitometria óssea, especialmente se você completou 45 anos ou está no período da menopausa;

Certifique-se que os ambientes nos quais você circula sejam seguros e à prova de quedas. Livre-se de móveis que atrapalham a circulação, tapetes soltos e pouca iluminação.

Os ortopedistas também chamam atenção para o peso corporal.  Estar abaixo ou acima deste peso pode aumentar o risco de osteoporose e fraturas. Mesmo após a menopausa, as mulheres com peso saudável podem continuar a produzir pequenas quantidades de estrogênio protetor dos ossos nas camadas de gordura sob a pele. Garantir que você não está muito magro também ajuda a fornecer alguma proteção aos ossos. No entanto, o excesso de peso não ajuda, aumenta o risco de fratura e de desenvolver muitas outras doenças.