Butantan: 121 anos fazendo ciência com respeito à vida

O Instituto Butantan, o maior produtor de vacinas do hemisfério Sul, completa hoje 121 anos ligando o passado e presente, memória científica e tecnologia moderna, formando cientistas e unindo pessoas. São mais de 120 anos a serviço da vida.

O Butantan, primeiro fabricante a trazer para o Brasil a vacina contra Covid-19, vai continuar fazendo ciência e investindo em educação. Afinal, é referência em estudos nas áreas de biologia e biomedicina associados à saúde pública.
História

Em 1899, um surto de peste bubônica, que se propagava a partir do porto de Santos (SP), levou a administração pública estadual a criar um laboratório de produção de soro antipestoso (que combate a peste), vinculado ao Instituto Bacteriológico (atual Instituto Adolpho Lutz). Esse laboratório foi instalado na Fazenda Butantan, na zona Oeste da cidade de São Paulo, e, em fevereiro de 1901, foi reconhecido como instituição autônoma sob a denominação de Instituto Serumtherápico. Seu primeiro diretor foi o médico Vital Brazil Mineiro da Campanha, estudioso dos problemas de saúde pública da época.

No cotidiano de Vital Brazil, sempre estiveram presentes a preocupação em divulgar amplamente a ciência, a atuação do instituto e a produção de soros e vacinas, o que lhe conferiu o reconhecimento da comunidade internacional.

Mais de um século depois de sua fundação, o Butantan é hoje um destacado centro de pesquisa biomédica, que integra pesquisas científicas e tecnológicas, produção de imunobiológicos e divulgação técnico-científica, buscando a permanente atualização e integração de seus recursos e, com isso, a inovação.
Para festejar tão importante data o Instituto inaugura uma estátua em tamanho real do primeiro diretor do instituto, o médico Vital Brazil, e o Horto Oswaldo Cruz, que agora conta com a “Casa Ciência na Prática” e a maior flor do mundo, foram restaurados para comemorar a data, com a visita de Erico Vital Brazil, bisneto do fundador do instituto. Uma placa em homenagem aos cientistas Césaire Phisalix, Gabriel Bertrand e Albert Calmette, pesquisadores que ao longo do tempo contribuíram para a descoberta da soroterapia para acidentes com serpentes, faz parte da praça com o nome do médico brasileiro.

O presidente do Instituto Butantan, Dr. Dimas Covas, lembrou de todo o trabalho desenvolvido pelo Butantan ao longo de sua trajetória, destacando as iniciativas realizadas durante a pandemia de Covid-19, como a criação da vacina CoronaVac, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, o Labmóvel, projeto de testagem do coronavírus, entre outros trabalhos.
“Quando comemoramos 121 anos no meio de uma pandemia e lembramos de 2020, de tudo o que fizemos, planejamos e executamos para chegar até aqui, fico extremamente orgulhoso, porque fizemos muita coisa. Realizamos o que seria impensável, tamanho os desafios que enfrentamos, desafios muitas vezes que pareciam intransponíveis. E não desanimamos, continuamos nos esforçando e superamos todas as barreiras”, disse Dimas.

Participaram das comemorações o diretor de estratégia institucional, Raul Machado Neto; a diretora de projetos estratégicos, Cintia Lucci; o diretor de estratégias jurídicas, Paulo Luis Capelotto; o superintendente do Butantan, Reinaldo Noboru Sato; a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi; e a diretora do Centro de Desenvolvimento Científico, Sandra Coccuzzo Sampaio Vessoni.
Parabéns a todos que transformaram o Butantan, este importante centro de ciência e pesquisa do país, na marca de saúde mais admirada do Brasil.
Fotos: Divulgação Butantan