Desfile de 7 de Setembro celebra os 200 Anos de Independência do Brasil

O Brasil, país de dimensão continental e riquezas cobiçadas, se consolidou como uma nação respeitada e soberana. Rememorar os fatos que compõem a nossa história, significa jogar luz sobre o percurso que nos conduziu até o presente fortalecendo a cidadania, a liberdade política dos cidadãos e a autoestima da população.
O 7 de Setembro representa o marco inaugural de uma nação que aspirava tomar as rédeas do seu destino e guiá-la, pelas próprias mãos, com inalienável soberania. Que este marco nos leve a pensar o país, de onde viemos e para onde queremos ir.

Dois séculos depois, somos um país distante daquele, em vários aspectos. Mas vivemos ainda atravessados por profundas desigualdades sociais e a manutenção de nossa jovem democracia tem exigido de nós permanente vigilância.

O Bicentenário da Independência é uma oportunidade privilegiada de lançarmos um olhar reflexivo para nossa história, para um necessário diálogo com o nosso passado, que tanto pode nos ensinar.
Com este pensamento os brasilienses foram celebrar a nossa história e de verde e amarelo, cores do Brasil e patrimônio de todo povo, independente de ideologia política.

Até o tempo colaborou. O sol intenso presente em Brasília, na época de seca, não apareceu. Foi uma manhã nublada e com vento frio na Esplanada dos Ministérios.
Após ser suspenso por conta da pandemia de Covid-19, o tradicional desfile cívico-militar da Independência começou por volta das 9h30 desta quarta-feira (7), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro chegou ao desfile a bordo do Rolls-Royce presidencial de 1952, utilizado pela primeira vez em 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas.
No carro, ele estava acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de crianças. Depois, Bolsonaro caminhou caminhou pela avenida para cumprimentar apoiadores.
Paraquedistas do Exército desceram na Esplanada trazendo uma bandeira do Brasil. Em seguida, o presidente ocupou seu lugar na tribuna para o início do desfile.

Às 9h25, o general Dutra, do Comando Militar do Planalto, pediu ao presidente autorização para dar início ao desfile em comemoração ao Bicentenário da Independência. Por volta das 9h35, houve uma exibição de 28 tratores do agronegócio, com bandeiras do Brasil e das unidades federativas.

No Palanque presidencial estavam o governador do DF Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Noronha Rocha, o vice-presidente da República General Hamilton Mourão, os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; Cabo Verde, José Maria Neves; Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló; o secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias Albano da Costa; e o ministro da Presidência da República de Moçambique para Assuntos da Casa Civil, Constantino Alberto Bacela.

Também estavam no palanque o ministro da Defesa e os Comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército, os ministros da Economia, Paulo Guedes, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da Saúde, Marcelo Queiroga, da Mulher Cristiane Britto, da Justiça e Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, deputada federal Flávia Arruda, dentre outras autoridades.

A comemoração contou com a presença de tropas militares, escolas públicas, desfile de blindados e aeronaves. Carros militares trafegaram na via N1 do Eixo Monumental, e estudantes de colégios militares e escolas públicas também desfilaram.

O abertura foi com a Esquadrilha da Fumaça que homenageou os 200 anos da Independência, colorindo o céu de Brasilia de azul, verde, amarelo e branco.Um momento lindo neste marco tão significativo.


Segundo o Ministério da Defesa, cerca de 3,1 mil militares desfilaram, sendo, aproximadamente, 600 da Marinha, 2 mil do Exército e 500 da Aeronáutica – além de veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), integrantes do Programa Força no Esporte (Profesp), e ex-integrantes das Forças de Paz.


Crianças vibravam com a beleza, som, diversidade e colorido e ritmo empolgantes das Bandas Marciais, do desfile aéreo e terrestre. Principalmente com a Pirâmide Humana da Polícia Militar do Distrito Federal.


Uma diferença do desfile deste ano para os anteriores foi a presença de 27 tratores, cada um representando um estado brasileiro e o Distrito Federal. A presença desses veículos no desfile buscou representar a importância do setor agropecuário no país.

O desfile cívico-militar do 7 de Setembro, que neste ano celebrou o Bicentenário da Independência do Brasil, terminou pouco depois das 11h.

Que estes 200 anos da Independência semeiam um Setembro Branco no calendário nacional fazendo desta importante data anual para comemorar a renovação de nossos laços. A verdadeira independência está nas nossas escolhas e ações.
Fotos: Antonio Cruz e Rovena Rosa/Agência Brasil/ND e Reprodução