Dezembro Laranja chama atenção para prevenção e tratamento do câncer de pele

O câncer de pele é um dos mais comuns no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele representa 33% de todos os diagnósticos da doença, com cerca de 185 mil novos casos por ano. A a exposição excessiva ao sol sem uso de filtro solar é o principal fator de risco para desenvolver a doença.

Para alertar as pessoas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou, em 2014, o Dezembro Laranja. A ação visa promover a prevenção do câncer de pele e a conscientização das pessoas.
Para acompanhamento das manchas e pintas de pele, existe a regra prática do ABCDE:

Assimetria: o paciente pode observar se a pinta, ao ser dividida em duas metades, tem estas metades simétricas. Caso tenha um formato irregular, é uma suspeita.
Bordas da lesão: toda pinta deve ter suas bordas lisas. Pintas com bordas recortadas, como um mapa, podem ser suspeitas.
Cores: existem tons “padrões” à pessoa, do marrom claro ao escuro. Entretanto, quando esse padrão pessoal muda ou surgem cores diferentes (vermelho, branco, preto, tons cinza-azulados), a pinta se torna suspeita.
Diâmetro dos sinais: considerados com maior risco quando estão maiores de 0,6 cm.
Evolução: uma pinta que progressivamente tem algum crescimento ou modificação deve ser investigada.

Segundo o INCA, qualquer mancha na pele suspeita deve ser investigada. Quanto mais rápido for o diagnóstico, menores serão as lesões identificadas e operadas.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
Tipos de câncer de pele

Carcinoma basocelular (CBC): tipo mais comum da doença. Tem baixa letalidade e pode ser facilmente curado quando descoberto precocemente.
Carcinoma espinocelular (CEC): segundo mais prevalente. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol.
Melanoma: tipo menos frequente, mas mais agressivo. Apesar do perigo, a chances de cura são de 90% quando descoberto no início.
Dicas de prevenção da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Evitar a exposição solar é um dos principais cuidados, especialmente entre 10h e 16h. Além disso, utilizar filtro solar de altos fatores e filtro próprio para os lábios.
É recomendável também usar roupas adequadas, que protejam os braços e pernas, e chapéus, quando a pessoa trabalha ao ar livre ou faz exercícios.
Óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas também são úteis na proteção.
É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposição ao sol, bem como após mergulho ou grande transpiração.
Aproveite o Sol, mas com proteção.
Fotos: CDC/ Carl Washington, M.D., Emory Univ. School of Medicine