Brasil fecha campanha no Pan com 15 medalhas no individual e mantém hegemonia continental

O Brasil mostrou, mais uma vez, que é a maior potência do judô nas Américas – e Oceania – com incríveis 15 medalhas conquistadas no Campeonato Pan-Americano e da Oceania disputado em Calgary, no Canadá, neste final de semana.
Oito medalhas foi o saldo inicial do judô brasileiro no primeiro dia de disputas individuais do Campeonato Pan-Americano e Oceania, que acontece em Calgary, no Canadá, no dia 15. O Brasil contou com dez judocas no tatame e faturou medalhas em seis de sete categorias possíveis. Foram três ouros, uma prata e quatro bronzes.

A judoca brasileira Larissa Pimenta ganhou da compatriota Jéssica Pereira, na semifinal, e superou a adversária mexicana na decisão para ficar com a medalha de ouro na categoria meio-leve (52kg) no Pan-Americano e da Oceania em Calgary (Canadá). A judoca é também a atual medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos na categoria 52 kg, conquistado em 2019, em Lima, Peru.

Com o resultado, fica mais próxima da vaga para as Olimpíadas de Paris. Atualmente a brasileira é a 14a do ranking, onde já esteve em 12º.
Larissa, no lugar mais alto do pódio, com a brasileira Jéssica Pereira (bronze), e das outras adversárias, segura a medalha de ouro no Pan-Americano, a quarta dela no seniors.
Resultado importante para a Larissa nessa corrida olímpica. Este foi o primeiro título conquistado após o seu retorno de uma cirurgia no joelho.

O experiente Daniel Cargnin, dono de dois títulos pan-americanos no 66kg, conquistou seu primeiro ouro no 73kg ao vencer o atleta da casa Arthur Margelidon, por ippon. Matheus Takaki (60kg), estreante em continentais, conquistou o título inédito ao vencer o australiano Joshua Katz, por waza-ari.

O grande duelo do dia ficou com a categoria leve feminina (57kg), que contava, simplesmente, com as últimas três campeãs mundiais desse peso: a brasileira Rafaela Silva e as canadenses Christa Deguchi e Jessica Klimkait.
Rafa conseguiu bater a argentina Brisa Gomez, na estreia, com um lindo ippon, e assegurou seu lugar na final com uma projeção perfeita sobre Klimkait, na semifinal. Na decisão, contudo, sucumbiu à atual campeã mundial, Deguchi, que projetou a brasileira duas vezes e ficou com o título continental, além de desempatar o histórico do confronto, somando quatro vitórias contra três de Rafaela.
A prata foi da campeã olímpica Rafaela Silva, categoria leve feminina (57kg). A carioca caiu na final para a anfitriã Christa Deguchi, também campeã mundial, assim como a brasileira.
As demais medalhas de bronze foram de Michel Augusto (60 kg), Natasha Ferreira (48kg) e Willian Lima (66kg).

Depois das oito medalhas do primeiro dia, a seleção voltou ao tatame do Markin Macphail Centre com mais oito atletas e fechou o dia com sete pódios, sendo três de ouro, três de prata e um de bronze.

Mayra Aguiar (78kg), Rafael Macedo (90kg) e Beatriz Souza (+78kg) foram campeões, enquanto Guilherme Schimidt (81kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Silva (+100kg) foram vice-campeões. Luana Carvalho (70kg) conquistou a medalha de bronze e Rafael Buzacarini (100kg) terminou em quinto lugar.
No sábado, dia 16, o judoca brasileiro Rafael Macedo leva para casa as melhores lembranças do Campeonato Pan-Americano e Oceania de Calgary, no Canadá. Ele venceu três lutas por ippon e conquistou, pela primeira vez, a medalha de ouro no continental depois de bater na trave em três finais.

“Estou muito feliz, é muito gratificante conquistar um título pan-americano. Agradeço a Deus e aos meus companheiros de treino”, comemorou Macedo. Agora, o judoca brasileiro soma um ouro, três pratas e um bronze em Pan-Americanos e ganha confiança para o resto da temporada com mais 700 pontos no ranking mundial.
Quase cinco meses após conquistar a medalha de bronze no Mundial de Doha, Beatriz Souza (+78kg) voltou ao tatame, neste sábado, 16, em Calgary, para defender seu título continental e lutar pelos 700 pontos no ranking olímpico classificatório para os Jogos de Paris.

“Nunca tinha passado por isso, mas confesso que gostei”, brincou a brasileira sobre o fusen-gachi na final. “É uma sensação diferente, acabou não acontecendo a luta. Mas, isso não elimina todo o trabalho que eu fiz até aqui. Independentemente de qualquer coisa, eu estava preparada para lutar. Acabou vindo assim e é só agradecer a Deus mesmo e a todos que torceram”, comemorou Bia Souza.
No final, o Brasil finalizou sua campanha com seis ouros, quatro pratas e cinco bronzes, ficando em primeiro lugar no quadro geral de medalhas. O Canadá ficou em segundo lugar, com quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Cuba ficou em terceiro, com um ouro, duas pratas e três bronzes.
Medalha de Ouro
- Larissa Pimenta 52kg,
- Mayra Aguiar 78kg,
- Beatriz Souza +78kg,
- Matheus Takaki 60kg,
- Daniel Cargnin 73kg,
- Rafael Macedo 90kg
Medalha de Prata
- Rafaela Silva 57kg,
- Guilherme Schimidt 81kg,
- Leonardo Gonçalves 100kg,
- Rafael Silva +100kg
Medalha de Bronze
- Natasha Ferreira 48kg,
- Jéssica Pereira 52kg,
- Luana Carvalho 70kg,
- Michel Augusto 60kg,
- Willian Lima 66kg
O Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô Calgary 2023 é uma das etapas mais importantes na corrida para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, pois distribui muitos pontos (700kg) no ranking e serve como o sexto ponto no somatório dos seis melhores resultados do ano que determinam a posição do atleta no ranking olímpico. Esse Pan valerá 100% dos pontos para Paris.
A competição por equipes mistas terminou no domingo com a participação apenas das equipes do Brasil, Canadá e Cuba, os três primeiros colocados, uma disputa de todos contra todos.

O Brasil fechou sua participação no Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô com mais uma medalha de ouro. A seleção venceu o Canadá e dois confrontos com Cuba para conquistar o título do Pan por Equipes Mistas.
Com isso, o judô brasileiro fecha o Pan Calgary 2023 com 15 medalhas individuais (6 ouros, 4 pratas e 5 bronzes) e o ouro por equipes.
Fotos: Lara Monsores/CBJ, Vanessa Zambotti/CPJ