Empresa Júnior da UnB utiliza luz ultravioleta para combater coronavírus
A prevenção contra a transmissão do novo coronavírus exige cuidados simples no dia a dia, como usar máscaras, respeitar o distanciamento pessoal e a forma correta de lavar as mãos, espirrar e tossir. Segundo os infectologistas a higienização das mãos e de superfícies são fundamentais para evitar transmissão do coronavírus assim como a sanitização dos ambientes.
Este procedimento como estratégia de combate ao coronavírus tem desafiado muitos pesquisadores. A sanitização de ambientes ganhou foco no mundo inteiro depois de ter sido usada como estratégia de combate ao novo coronavírus (covid-19) na China. O procedimento de controle microbiológico utiliza tecnologia de ponta para eliminar e impedir a proliferação de vírus, bactérias, fungos e ácaros.
Desde o início da epidemia todos buscam um meio de desinfecção mais eficaz. Aqui em Brasília, estudantes da Enetec, empresa júnior de engenharia elétrica e da Tecmec, empresa júnior de engenharia mecânica, desenvolveram um equipamento capaz de desinfetar ambientes através da emissão de raios luz ultravioleta (UV-C), como uma medida de proteção contra o novo coronavírus.
A ferramenta, batizada de UV-tech, “limpa” o ar dos cômodos e dificulta a proliferação do vírus. Para evitar efeitos colaterais na pele, o equipamento é controlado à distância, por meio de um aplicativo de celular ou com manuseio direto, com uso de vestimenta especial. O equipamento não substitui a limpeza com produtos químicos, serve para reforçar a proteção contra o vírus em ambientes de risco.
Helena Coutinho, Lucas Ferreira, Gustavo Faber e Fernanda Madeiro são os responsáveis pela criação do equipamento UV-tech que tem custo 60% menor da média de preços de aparelhos similares no mercado. A empresa júnior é uma instituição, sem fins lucrativos, formadas por estudantes, com orientação de professores. O dinheiro arrecadado com as vendas de produtos desenvolvidos pelos alunos é reinvestido em pesquisas e treinamentos.
A gerente do projeto, Helena Coutinho, de 21 anos, está cursando o 6º semestre de engenharia elétrica. Ela afirma que a desinfecção por meio do equipamento “é uma medida extra”. Helena conta que entre a estruturação e execução do projeto, a equipe demorou 20 dias úteis. “Só levou mais tempo porque algumas peças precisaram ser trazidas de fora de Brasília e tinha o prazo da entrega.”
“É uma alternativa que contribui para o desenvolvimento de pesquisas na universidade e para alternativas mais acessíveis no combate ao coronavírus”. diz Helena Coutinho.
Lucas Ferreira um dos integrantes da equipe, explica que a estrutura conta com um suporte para lâmpadas de raios luz ultravioleta em alta intensidade, que geram um “efeito germicida”. A mesma tecnologia é utilizada em equipamentos para esterilização de materiais. “Basicamente, a luz ultravioleta altera a composição genética do vírus. Por conta da energia que carrega, consegue alterar a estrutura do vírus e inativar ele de fato”, explica o estudante de 20 anos.
