Mayara Noronha apoia campanha “Sinal Vermelho” contra Violência Doméstica

 

GDF reforça campanha “Sinal Vermelho” contra Violência Doméstica - Bernadete Alves

Com o objetivo de ajudar as mulheres em situação de violência doméstica o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) instituiu a Campanha Nacional Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica.

A primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, reforça à campanha nacional  Sinal Vermelho, criada devido ao aumento dos casos de violência doméstica e familiar no país, no período do isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19.  Mayara diz que esta é uma ação de extrema relevância porque o medo e a vergonha de ir até uma delegacia impedem a vitima de denunciar o agressor.

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Primeira-dama Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

O símbolo ‘X’ quer dizer ‘não à violência doméstica’”, diz Mayara Noronha. A secretária de Desenvolvimento Social do DF explica que basta a vítima marcar com um batom, ou mesmo caneta vermelha, a letra “X” na palma da mão, sinalizando que está em perigo, e um balconista ou o dono do estabelecimento ligará, imediatamente, para o 190.

“O grande desafio é incentivar as próprias mulheres a denunciar”, diz Mayara Noronha Rocha. O Governo do Distrito Federal reforça a campanha Sinal Vermelho com a adesão da Secretaria da Mulher comandada por Ericka Filippelli, a Secretaria de Segurança Pública comandada por Anderson Torres e a Delegacia de Atendimento à Mulher de Ceilândia comandada pela delegada Adriana Romana.

A primeira-dama, que é advogada, quer também a adesão da sociedade civil nesta importante campanha de apoio e segurança da mulher em situação de vulnerabilidade. “Estamos seguindo o modelo do CNJ, mas nada impede de termos a nossa atuação dentro do Distrito Federal, expandindo para outros estabelecimentos”, explica Mayara. “É uma campanha que tomou uma proporção de divulgação enorme, alertando sobre o que está acontecendo. Os agressores, quando tomam conhecimento desse tipo de ação, se sentem inibidos”, diz Mayara.

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GDF reforça campanha “Sinal Vermelho” contra Violência Doméstica

O Brasil, infelizmente,  ocupa o quinto lugar no ranking mundial de países onde mais se matam mulheres dentro do contexto doméstico e familiar, medidas preventivas, como a da campanha Sinal Vermelho, são importantes.

No DF, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, em média, 43 mulheres são agredidas diariamente, ou seja, uma a cada 34 minutos. “Toda campanha que ajude no combate à violência contra a mulher é de suma importância para a segurança pública”, defende o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. “Estamos trabalhando para criar protocolos visando ao perfeito trâmite dessas informações, em tempo hábil, para que o socorro possa chegar e estancar esse horrendo tipo de violência”.

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Secretária da Mulher Ericka Filippelli

Ericka Filippelli, secretária da Mulher, diz que o engajamento da sociedade no combate contra a violência doméstica é fundamental. Em reuniões com representantes da campanha, ela chegou a sugerir adesão de outros setores do comércio. “O que precisamos é justamente que outros setores se engajem. Estamos à disposição para trabalhar nessa articulação. O Sinal Vermelho é uma campanha que vem para somar”.

A delegada Adriana Romana, titular da DEAM II, diz que o problema da violência doméstica não é apenas da mulher agredida e do marido agressor, mas engloba todos aqueles em torno do casal que passa por situação similar como parentes, vizinhos e a comunidade, como um todo. “Trata-se de uma conscientização, mudança de ideia, e todos nós temos o dever de ajudar essas mulheres. A responsabilidade é de toda a sociedade”, diz a delegada.

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Delegada Adriana Romana, chefe da DEAM II em Ceilândia

Ceilândia lidera os números de ocorrências por violência doméstica. De 2018 a 2019, segundo a Secretaria de Segurança Pública, os casos aumentaram em 13% .Desde que foi inaugurada, em 16 de junho deste ano, a Deam II registrou quase 400 ocorrências, o que dá uma média de 13 atendimentos por dia. Desse montante, mais de 70% são de crimes ocorridos em Ceilândia, sendo 30%, aproximadamente, no Sol Nascente/Pôr do Sol.

“Quase todas essas ocorrências vão virar um inquérito policial”, explica Adriana Romana. “Estamos conseguindo atender todos os flagrantes vinculados à Lei Maria da Penha, buscando um atendimento diferenciado, mais humano.”

Diante de temática complexa, o secretário de Segurança Pública não descarta a possibilidade da criação de outras delegacias de atendimento à mulher no DF. “Com a futura reposição do efetivo de policiais civis, serão analisadas novas ações visando atender outras áreas com esse tipo de estrutura”,diz Anderson Torres.

O Brasil, infelizmente,  ocupa o quinto lugar no ranking mundial de países onde mais se matam mulheres dentro do contexto doméstico e familiar, medidas preventivas, como a da campanha Sinal Vermelho, são importantes.

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A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 – é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato). O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário.